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Análise

Fácil de usar, arma matou mais que as bombas atômicas

RICARDO BONALUME NETO DE SÃO PAULO

O fuzil AK criado pelo russo Mikhail Kalashnikov foi a verdadeira arma de destruição de massa do século 20 e ainda neste 21. Matou mais do que as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, armas químicas ou biológicas. Foram milhões de vítimas.

Robusto, capaz de ser operado até por um camponês, é produzido e exportado a preço de banana. Foi o que bastou para incendiar guerras no mundo subdesenvolvido.

Uma das ironias no desenvolvimento dessa arma foi que ela terminou usada contra os próprios soviéticos, notadamente por guerrilheiros do Afeganistão, invadido pela URSS nos anos 1980.

Kalashnikov queria produzir uma arma para combater os alemães na Segunda Guerra, mas ela não ficou pronta a tempo. O conceito por trás da série AK (AK-47, AKM, AK-74 etc) era brilhante. E, ironicamente, foram os alemães que produziram e usaram em combate arma semelhante antes --o Sturmgewehr 44, traduzido como "fuzil de assalto", nome usado hoje para esse tipo de arma.

Tanto o Sturmgewehr como o AK mesclaram as qualidades de duas armas básicas de infantaria, a submetralhadora, que dispara rajadas a curta distância, com munição de calibre de pistolas, e o fuzil, que não dispara rajadas, mas usa munição mais letal de maior alcance.

Os fuzis de assalto, hoje arma padrão de todos os exércitos, são algo intermediário. Fazem rajadas, são capazes de "tiro automático"; e têm mais alcance e poder de impacto que uma submetralhadora. Têm menor alcance que os fuzis antigos, mas isso pouco importa no campo de batalha, já que os combates de infantaria são agora travados em distâncias menores.


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