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EUA fornecem mísseis e drones ao Iraque

Casa Branca anuncia venda de armamento para tentar combater extremistas e aumento da violência no país árabe

Presença da Al Qaeda levou a mais ataques; mortos passam de 8.000 neste ano, o mais sangrento desde 2008

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

O governo dos EUA anunciou que fornecerá dezenas de mísseis e drones para ajudar o Iraque a combater as ações de extremistas apoiados pela Al Qaeda, que já deixaram mais de 8.000 mortos no país em 2013 --o ano mais sangrento desde 2008. A informação foi revelada ontem pelo "New York Times".

Segundo o jornal, o envio atende a um pedido feito pelo primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, ao presidente Barack Obama durante encontro na Casa Branca, em novembro.

A crescente onda de ataques, que nos últimos meses teve como principal alvo a maioria xiita do país, agora já atinge também os cristãos iraquianos. Anteontem, ao menos 44 pessoas morreram em dois ataques a bomba na capital. Um deles ocorreu na saída de uma missa de Natal ao sul de Bagdá.

Entre os equipamentos vendidos ao Iraque estariam 75 mísseis antitanque Hellfire ""modelo usado na Guerra do Golfo e considerado eficaz no ataque a esconderijos e veículos insurgentes"", entregues na última semana.

Eles já estariam sendo usados numa ampla operação militar na província de Anbar, perto da fronteira com a Síria. A ação conta ainda com informações de inteligência americana sobre a localização de células da Al Qaeda.

Os EUA também devem enviar ao país, em março, dez drones de reconhecimento ScanEagle ""menores e menos potentes que os Predators.

O Departamento de Estado confirmou o fornecimento das armas como forma de apoiar a "luta contra o terrorismo" no Iraque por meio de um acordo estratégico assinado em 2008.

Segundo o "NY Times", o chanceler iraquiano, Hoshyar Zebari, aventou inclusive o uso de drones Predator ou Reaper, armados e controlados pelos EUA, no combate à insurgência. A ideia, no entanto, não foi encampada por Maliki, que tem calculado bem sua resposta à violência no país, de olho num terceiro mandato como premiê.

A possibilidade de ataques com drones dos EUA, que acabaria colocando em xeque a capacidade de Obama de pôr um "fim responsável" na intervenção ao país, também não parece ter apoio dentro da Casa Branca.

"Nós não recebemos um pedido formal para operar drones armados no Iraque, nem estamos planejando missões armadas de inteligência, monitoramento e reconhecimento no Iraque", disse Bernadette Meehan, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

Acredita-se que, nos últimos meses, a Al Qaeda tenha aproveitado a guerra civil na vizinha Síria para reconstruir seu braço no Iraque. A rede terrorista assumiu a autoria de vários atentados, nos últimos meses, em regiões de maioria xiita.


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