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Premiê japonês visita santuário e agrava tensão com a China
Local é associado ao passado expansionista do Japão
O premiê do Japão, Shinzo Abe, visitou ontem o controvertido santuário de Yasukuni, gerando duras críticas da China e da Coreia do Sul, países que consideram o local um símbolo do brutal passado militar japonês.
A visita de Abe foi a primeira de um premiê japonês a Yasukuni desde 2006 e reforçou a sua imagem de líder ultranacionalista.
O santuário, em Tóquio, é dedicado à memória de japoneses mortos em conflitos desde 1868, a maioria civis.
Entre os 2,5 milhões de mortos homenageados no santuário estão criminosos de guerra japoneses da Segunda Guerra Mundial, período em que o Japão ocupou, com frequentes atos de brutalidade, a península coreana e partes da China.
Abe passou apenas 15 minutos em Yasukuni, o suficiente para enfurecer a China e a Coreia do Sul. Após a visita, o premiê japonês lamentou que o santuário ainda seja cercado de polêmica e negou que sua intenção tenha sido glorificar o passado militarista do país.
O governo da China convocou o embaixador japonês em Pequim para manifestar seu "forte protesto". Wang Yi, o chanceler chinês, alertou que Abe está conduzindo o Japão numa direção "extremamente perigosa".
O governo sul-coreano também lamentou a visita do premiê e até os Estados Unidos, que costumam tomar partido em favor do Japão nas disputas com a China, criticaram o aliado.
A embaixada americana em Tóquio manifestou seu "desapontamento" com a ação, afirmando que a visita irá "exacerbar as tensões" com os vizinhos do Japão.