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Em Chicago, brasileiro usa secador para água fluir

ROBSON VITURINO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CHICAGO

"Vocês não estão congelando. Vocês estão fazendo história", informa o site do jornal "Chicago Tribune", o principal da maior cidade do Estado americano de Illinois.

Neste início de ano, os termômetros atingiram uma das menores temperaturas já registradas na cidade, um dos pontos mais gelados dos EUA em razão da proximidade do lago Michigan.

De acordo com o National Weather Service, na manhã de ontem o frio chegou a -27ºC. Os ventos de cerca de 40 km/h e a umidade causada pela neve acumulada levaram a sensação a -45ºC.

Com o frio, o estudante curitibano Renato Volpi, 27, que mora há cinco anos em Chicago, enfrentou um problema inusitado: parte do encanamento de seu apartamento congelou e ele ficou sem água fria durante oito horas.

"Só a torneira quente funcionava, mas não dava para usar porque a água saía quase fervendo", diz.

A saída foi esquentar os canos com um secador de cabelo. "Demorou um tempo, mas, por volta da meia-noite, a água fria começou a fluir", diz.

A baixa temperatura também afetou as escolas, que dispensaram 400 mil alunos, e o aeroporto internacional O'Hare, que teve 1.600 voos cancelados.

A companhia de trem Metra, que une o centro aos subúrbios, suspendeu 25 linhas. A medida isolou parte da cidade e obrigou muita gente a faltar ao trabalho.

"Se você pode ficar em casa, por favor, faça-o", foi a recomendação da área de Gerenciamento de Emergências e Comunicações de Chicago.

O prefeito da cidade, Rahm Emanuel, também reforçou o pedido de cautela. "A coisa mais importante a fazer é ter precaução e encarar a severidade do frio seriamente."

Os médicos recomendavam evitar qualquer exposição desnecessária às baixas temperaturas, sob o risco de congelamento ou hipotermia.

Apesar disso, alguns corajosos saíram para ver as cenas pitorescas do frio polar, como o lago Michigan totalmente congelado.

"Moro aqui há 17 anos e esta é a primeira vez que sou orientado a não sair de casa por causa do frio", diz o economista manauense Rafael Limongi Marques, 40.


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