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Justiça espanhola indicia filha do rei Juan Carlos, acusada de fraude
Cristina estaria envolvida em escândalo de ONG de seu marido
O Tribunal de Palma de Mallorca, na Espanha, indiciou ontem a infanta Cristina, filha do rei Juan Carlos, pelos crimes de fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Para os magistrados, ela está envolvida no escândalo de contratos públicos da ONG de seu marido, Iñaki Urdangarin.
O indiciamento abre caminho para o que pode ser o primeiro julgamento de um membro da família real espanhola. O juiz José Castro convocou a infanta para depoimento em 8 de março, apesar da oposição da Promotoria, que descartou o vínculo da filha do rei no caso.
Os promotores afirmam que Cristina não participava das atividades financeiras da instituição e desconhecia as movimentações feitas pelo marido e seus sócios, de modo que a retiraram da ação por falta de provas.
O mesmo magistrado já havia imputado a infanta no início de 2012, mas a determinação foi suspensa pela Promotoria Anticorrupção.
A investigação, iniciada em 2010, mostra que o marido de Cristina é suspeito de ter desviado € 5,8 milhões (R$ 18,56 milhões) de verba pública através de sua ONG, o Instituto Noos.