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Jovem barra ação de homem-bomba e vira herói no Paquistão

Aitzaz Bangash, 14, impediu terrorista de entrar em escola com cerca de mil alunos; os dois morreram

Moradores da região dizem que ele merece mais reconhecimento que Malala, baleada pelo Taleban em 2012

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Moradores do distrito de Hangu, em uma região tribal no noroeste do Paquistão, pedem que Aitzaz Hassan Bangash, 14, receba um prêmio póstumo após ter impedido a entrada de um homem-bomba em sua escola. Ele morreu na explosão.

De acordo com o relato de testemunhas, Aitzaz estava a caminho da aula quando desconfiou de um homem vestido em uniforme escolar.

Os dois se engalfinharam. Nesse ínterim, a bomba acabou explodindo.

Havia na escola do garoto aproximadamente mil alunos. A explosão ocorreu a 150 metros de seu portão principal, segundo informações de autoridades locais.

Além de o garoto e o homem-bomba terem morrido, outras duas pessoas ficaram feridas. O incidente, que ocorreu na última segunda-feira, foi confirmado por Iftikhar Ahmed, um policial do distrito de Hangu.

Um morador de Hangu citado pela rede televisiva americana CNN afirmou que Aitzaz "salvou as vidas de centenas de estudantes" e, portanto, "merece mais reconhecimento do que Malala".

A referência é à estudante Malala Yousafzai, 16, baleada pelo Taleban em outubro de 2012 devido a seu ativismo em prol da educação igualitária no Paquistão.

Ela tornou-se imediatamente uma heroína ao redor do mundo.

Nas redes sociais, paquistaneses têm publicado usando o código "#onemillionaitzaz", "1 milhão de Aitzaz".

A região paquistanesa de Hangu é castigada por conflitos sectários entre muçulmanos xiitas e sunitas.

O heroísmo do garoto beneficiou, nesta semana, os estudantes de ambos os grupos religiosos.

"Aitzaz nos deixou orgulhosos ao interceptar com valentia o homem-bomba e salvar as vidas de centenas de seus colegas", afirmou à imprensa Mujahid Ali Bangash, seu pai.

Ele pede que não lhe deem os pêsames, mas sim os parabéns --por seu filho, que diz ser um mártir.


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