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Ataque suicida contra Exército em Bagdá mata ao menos 23

Ação mata homens que se recrutavam para combate à Al Qaeda

Governo disputa com rede terrorista controle de província; guerra no país não terminou, diz o 'New York Times'

DE JERUSALÉM

Um homem-bomba deixou ao menos 23 mortos e mais de 30 feridos ontem em Bagdá, em um atentado entre recrutas do Exército iraquiano.

Um dia antes, homens armados haviam matado 12 soldados em uma instalação militar ao norte da capital.

Ambos os incidentes refletem os graves conflitos nesse país, enquanto o premiê Nuri al-Maliki promete erradicar a rede terrorista Al Qaeda ali.

O atentado não foi reivindicado por nenhum grupo, mas são frequentes no Iraque os ataques contra as forças de segurança, em meio a um longo ciclo de violência.

A crise intensificou-se nas últimas semanas, em um estado de gravidade semelhante àquele das disputas sectárias nos anos seguintes à invasão americana no país.

O governo, que pediu o auxílio de voluntários ao Exército, tem disputado o controle da província de Anbar com a Al Qaeda. As vítimas do ataque de ontem respondiam ao apelo, recrutando-se.

Recentemente, guerreiros da facção islamita Estado Islâmico do Iraque e do Levante tomaram postos em Falluja e Ramadi, nessa região.

O controle dessas cidades por islamitas foi recebido com preocupação, ao dar sinais claros de que a situação no Iraque está se deteriorando.

Os confrontos em Anbar foram iniciados no começo do ano e envolvem disputas entre islamitas e tribos sunitas.

A participação do Estado Islâmico é vista como um respingo da crise na vizinha Síria, onde mais de 130 mil já morreram desde o início do conflito, em março de 2011.

SEM FIM

Os recentes incidentes no Iraque indicam, segundo reportagem do jornal "New York Times", que a guerra ali, ao contrário do que afirma o presidente Barack Obama, ainda não acabou.

"O que Obama encerrou foi a presença militar americana no Iraque", reporta Peter Baker. "O conflito não terminou quando as últimas tropas saíram, em 2011. Apenas deixou de ser uma preocupação diária para a maior parte dos americanos", acrescenta.

A instabilidade do país e a inabilidade do governo iraquiano de satisfazer sua população sunita têm preocupado investidores em relação à segurança de dutos e instalações de petróleo, ao leste.


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