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Poeta argentino Juan Gelman morre aos 83 anos no México

Vencedor do Cervantes, autor foi símbolo da resistência à ditadura

DE SÃO PAULO

Morreu ontem no México, aos 83 anos, o poeta e jornalista argentino Juan Gelman.

As causas da morte não foram reveladas.

Reconhecido tanto pela qualidade dos seus versos quanto pela sua militância política, Gelman publicou mais de 20 livros e recebeu em 2007 o prêmio Cervantes, o principal em língua espanhola --conquistou também o Juan Rulfo, em 2000, e o Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana, em 2005.

Durante a ditadura militar argentina (1976-1983), Gelman teve o filho, Marcelo, assassinado. Sua nora, Maria Claudia, foi sequestrada enquanto estava grávida e levada ao Uruguai pela Operação Condor. Nesse país, deu à luz e desapareceu. A filha do casal, Macarena, foi entregue a um policial uruguaio e só teve a identidade revelada em 2000.

Gelman também foi condenado à morte pelo grupo de esquerda argentino Montoneros, do qual chegou a fazer parte, por sua oposição à luta armada. Após o golpe na Argentina, em 1976, ele se exilou na Itália. Depois mudou-se para o México, onde vivia havia mais de 20 anos.

Nascido em Buenos Aires, filho de imigrantes judeus ucranianos, o autor aprendeu a ler aos três anos e escreveu os primeiros poemas aos oito. Adolescente, ele ingressou na Federação Juvenil Comunista da Argentina e estudou química na universidade, embora tenha dedicado a vida à escrita.

Nos anos 1950, Gelman e outros companheiros fundaram um grupo de poesia chamado El Pan Duro, com o objetivo de publicar livros de poema mediante venda antecipada e recitais.

Entre seus livros mais reconhecidos estão "Velorio del Solo", "Bajo la Lluvia Allena" e "Amor que Serena, Termina?" (Record, esgotado).


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