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Países prometem doar US$ 2,4 bi para Síria
Montante, porém, fica muito abaixo da meta de US$ 6,5 bilhões estabelecida pela ONU
Os doadores para as vítimas da guerra na Síria, reunidos ontem em uma conferência no Kuait, fizeram promessas de ajuda de mais de US$ 2,4 bilhões (R$ 5,64 bilhões) bem abaixo dos US$ 6,5 bilhões (R$ 15,3 bilhões) esperados.
Esses valores foram anunciadas pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, logo após a reunião, enquanto os contatos diplomáticos se intensificam pouco antes da realização da conferência de paz Genebra 2, prevista para a próxima quarta-feira.
"No ano passado, quando nos reunimos neste mesmo local, 4 milhões de sírios necessitavam de ajuda e havia 700 mil refugiados", disse o secretário-geral.
Atualmente, segundo Ban, "a metade da população síria, quase 9,3 milhões de pessoas, precisa de ajuda humanitária urgente, e quase a metade é de crianças".
A primeira reunião em 2013 superou o objetivo de assegurar a arrecadação de pelo menos US$ 1,5 bilhão para ajuda na Síria.
Dos US$ 6,5 bilhões que a ONU tem como objetivo de arrecadação para a Síria nos próximos seis meses, US$ 2,3 bilhões são previstos para gastos dentro do país e outros US$ 4,2 bilhões para os refugiados. A meta para 2015 é de US$ 2,27 bilhões.
CRISE HUMANITÁRIA
Desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, em março de 2011, a violência causou mais de 130 mil mortes, além de ter deixado cerca de 3 milhões de refugiados.
De acordo com Ban, aumentou a violência contra as mulheres e as crianças, além de terem reaparecido doenças como a poliomielite, antes erradicada na região. A ONU estima que 40% dos hospitais tenham deixado de funcionar no país.