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Premiê da Tailândia decreta estado de exceção por protestos
Medida é imposta dias antes de eleições criticadas por oposição
O governo da Tailândia decretou ontem estado de exceção por 60 dias em Bancoc e nas províncias vizinhas.
A medida, que entra em vigor hoje, ocorre após uma semana de cerco à capital por manifestantes da oposição que pedem a renúncia da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra.
Segundo a Constituição do país, o estado de exceção permite às agências de segurança decretar toque de recolher, prender suspeitos sem mandado, censurar a imprensa, proibir reuniões públicas com mais de cinco pessoas e isolar partes de Bancoc.
O ministro do Trabalho, Chalerm Yoobamrung, afirmou que o decreto foi feito para garantir o funcionamento do governo e da economia.
"Os manifestantes fecharam prédios estatais, bancos e provocaram a escalada da situação, causando mortes", disse o ministro.
O líder dos protestos, o ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, questionou o motivo que levou o governo a lançar o estado de exceção, "já que as manifestações eram pacíficas", e disse que a medida mostra a incapacidade de Shinawatra de lidar com as mobilizações.
Desde o início das manifestações, em outubro, nove pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas.
Os opositores pedem o adiamento das eleições gerais, marcadas para 2 de fevereiro, a criação de um conselho político e a saída de Shinawatra, que dizem ser uma marionete do irmão no exílio, Thaksin, deposto em 2006.