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Cúpula sobre Síria começa sem acordo em vista

EUA insistem em que Assad não deve integrar eventual governo de transição

Expectativa é chegar a ponto de partida para processo mais longo e dar mais acesso a ajuda humanitária no país

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

As negociações de paz da reunião Genebra 2 começaram ontem na cidade suíça de Montreux. O encontro visa solucionar a crise que já matou mais de 130 mil na Síria desde março de 2011.

Genebra 2 não deve ser concluída com acordo --a julgar pelas declarações recentes dos participantes, a reunião servirá como ponto de partida a um processo mais longo em torno do confronto.

A conferência foi iniciada após o Irã ter sido desconvidado pela ONU, por pressão dos EUA e da oposição síria.

Segundo a ONU, o gesto deveu-se ao não comprometimento de Teerã, aliado do ditador sírio Bashar al-Assad, com a ideia de transição política na Síria.

Além dos EUA, a Rússia é um dos patrocinadores de Genebra 2. O chanceler Serguei Lavrov pediu "aos atores externos que não interfiram nos assuntos internos da Síria", em referência às nações que têm feito do território sírio o terreno para suas disputas geopolíticas, como Arábia Saudita e Irã.

A participação de Assad em eventual governo de transição é um dos pontos mais problemáticos do encontro.

John Kerry, secretário de Estado dos EUA, declarou no evento que o líder sírio não pode integrar o novo cenário.

"Não há nenhuma maneira com a qual o homem que liderou a resposta brutal contra seu próprio povo possa retomar a legitimidade para governar", disse Kerry.

Na Suíça, a Síria deve insistir em que a insurgência no país é obra de nações que "exportam terrorismo", segundo o chanceler Walid Muallem.

O secretário-geral do Itamaraty, Eduardo dos Santos, que representa o Brasil na conferência, disse que a "paralisia" do Conselho de Segurança da ONU minou uma solução para o conflito sírio.


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