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Obama e Hollande defendem maior apoio a intervenções internacionais

Mais países têm de assumir 'responsabilidade na segurança global', dizem presidentes em artigo

Mandatários citam Síria como bom resultado da ameaça de uso da força; Hollande iniciou ontem visita de Estado aos EUA

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

Os presidentes Barack Obama, dos EUA, e François Hollande, da França, instaram ontem outros países a assumirem sua "responsabilidade na segurança global", numa convocação implícita a um maior apoio a intervenções internacionais.

Em artigo conjunto publicado no "Washington Post" e no "Le Monde" ontem, dia em que Hollande iniciou sua visita aos EUA, os mandatários citam o exemplo da Síria, em que a "clara ameaça de uso da força" levou a um plano para eliminar as armas químicas de Bashar al-Assad.

No caso sírio, os EUA e a França adotaram o discurso mais duro sobre uma possível intervenção --outros tradicionais aliados americanos, como o Reino Unido, não patrocinaram a ideia.

Obama e Hollande destacam como exemplo de sucesso da parceria entre os dois países os casos do Mali e da República Centro-Africana, ocupados por tropas francesas em ações com apoio operacional e logístico dos EUA.

Segundo eles, os esforços dos dois países, junto com a União Africana, "fizeram os insurgentes ligados à Al Qaeda retrocederem".

A demonstração de afinidade sobre uma "aliança renovada" entre EUA e França vem meses após o governo francês reagir com indignação à revelação que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) coletou dados telefônicos de seus cidadãos de 2012 a 2013.

No caso brasileiro, a espionagem da NSA fez com que a presidente Dilma Rousseff cancelasse a visita de Estado a Washington, em 2013.

Segundo o texto, a relação entre os dois países se transformou "desde o retorno da França ao comando militar da Otan (aliança militar ocidental), há quatro anos".

A afinidade atual contrasta com a animosidade vista há dez anos, quando os franceses lideraram a oposição à invasão americana ao Iraque.

DESACOMPANHADO

A visita de Estado de Hollande, a primeira nesse nível de um presidente francês aos EUA em 18 anos, representou também uma saia-justa para a diplomacia americana.

A separação de Hollande da jornalista Valérie Trierweiler, cerca de três semanas antes da visita de Estado, fez com que todo o cerimonial tivesse de ser rearranjado.

Em 2007, a diplomacia do governo de George W. Bush teve de receber o também francês Nicolas Sarkozy para um jantar oficial logo após sua separação da mulher, Cecilia. Não se tratava, porém, de visita de Estado.

Ontem, Obama e Hollande visitaram a casa do ex-presidente Thomas Jefferson (1743-1826) --que foi representante do país na França antes de assumir o poder--, na Virgínia. Hoje eles se reúnem na Casa Branca.


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