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Análise

Por corrida à Casa Branca, Hillary se cala sobre diálogo entre Teerã e Washington

Indagada recentemente sobre suas ambições presidenciais, Hillary Clinton deu uma resposta que pode ser descrita como gafe, mesmo pelos padrões dos Clinton: "Não estou pensando nisso".

Clinton é a provável candidata democrata à Presidência em 2016. Um dos sinais mais certeiros disso é sua recusa em assumir posição em relação à maior questão geopolítica com que os EUA se defrontam no momento.

O presidente, Barack Obama, e o secretário de Estado, John Kerry, estão engajados para encerrar 35 anos de hostilidades com o Irã, mas ninguém sabe qual é a opinião da mulher que foi a antecessora imediata de Kerry.

Essa é a discussão de política externa de consequências mais amplas que ocorre em Washington em mais de uma geração. Políticos americanos disputam espaço para apresentar suas posições. A exceção gritante é Hillary.

Ao longo de sua carreira política, ela sempre se manteve dentro do paradigma de Washington em questões externas. Como muitos políticos que alcançaram a maioridade durante a Guerra Fria, adota uma visão de mundo "nós contra eles", nunca tendo discordado do coro que retrata o Irã como fonte do mal. Não tivesse renunciado à secretaria de Estado, os EUA não teriam se esforçado para dialogar com o Irã.

Agora que um acordo preliminar foi fechado e que inspetores internacionais monitoram o programa nuclear iraniano, os americanos têm o direito de esperar que seus líderes digam se são a favor desse processo ou contra ele.

Isso se aplica especialmente a Hillary, que até um ano atrás era o rosto da diplomacia americana. Seu silêncio tem sido ensurdecedor.


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