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Afeganistão ignora protesto dos EUA e liberta prisioneiros

País asiático solta 65 pessoas, mesmo após governo norte-americano dizer que são culpadas de ataques

Episódio mostra atual estágio de tensão entre os dois países, que negociam acordo sobre presença militar futura

DA EFE

O Afeganistão libertou ontem 65 prisioneiros, mesmo com os protestos dos Estados Unidos, que os consideram "perigosos", além de representarem uma "ameaça contra as forças aliadas e afegãs".

"As autoridades militares me informaram sobre a libertação de 65 presos da prisão de Bagram esta manhã", disse o chefe do Comitê de Revisão de Penas da penitenciária, Abdul Shakor Dadras.

A libertação aconteceu horas depois que o Exército americano condenou a medida. O país tem tropas no Afeganistão desde 2001, após os ataque de 11 de setembro daquele ano.

"Os detidos neste grupo de 65 pessoas estão diretamente envolvidos em ataques que mataram ou feriram 32 soldados americanos ou da coalizão [força internacional que ocupa o país] e 23 afegãos, membros das forças armadas ou civis", de acordo com comunicado divulgado pelo Exército dos EUA.

O porta-voz do procurador-geral afegão, Abdul Basir Azizi, afirmou ontem que o Comitê de Avaliação de Prisioneiros revisou as penas de 88 presos e concluiu que 65 seriam libertados.

"Estes presos foram detidos durante a guerra sem que tenham cometido nenhum crime e não encontramos nenhuma razão para que continuem na prisão", disse Azizi.

"Ninguém tem o direito de dizer o que devemos fazer e de intervir nas decisões do procurador-geral sem apresentar provas", afirmou o porta-voz afegão, em referência aos protestos americanos no país.

Os EUA e o Afeganistão negociam um acordo militar para a permanência de tropas americanas no país asiático após a retirada das forças internacionais da Otan em 2014. A relação entre os governos é tensa, no entanto.


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