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Confrontos na Tailândia deixam 4 mortos

Choque teve início após forças policiais iniciarem o desmonte de um acampamento de manifestantes em Bancoc

Premiê é acusada por comissão anticorrupção de negligência em um programa de ajuda a produtores de arroz

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ao menos quatro pessoas morreram e 64 ficaram feridas após confronto entre policiais e manifestantes em Bancoc, capital da Tailândia.

O choque teve início por volta das 11h locais (1h de Brasília), quando a polícia iniciou o desmonte de um dos acampamentos que reúnem, desde dezembro, manifestantes críticos ao governo da premiê Yingluck Shinawatra.

Um policial e um manifestante de 52 anos foram mortos a tiros. As mortes de outros dois civis ainda não foram esclarecidas.

Das 64 pessoas feridas, há dois jornalistas estrangeiros --um correspondente da agência de notícias Efe e outro de um canal de TV de Hong Kong.

O ministro interino do Trabalho, Charlem Yoobamrung, responsável pelas operações de segurança, ordenou a retirada da polícia do local após receber ordens da premiê, que quis evitar "mais derramamento de sangue".

De acordo com as autoridades, 24 policiais estão entre os feridos.

OPERAÇÃO DESMONTE

As mortes de ontem aconteceram em meio a uma operação policial mais ampla contra vários acampamentos, que estão espalhados por várias avenidas e em edifícios governamentais da capital.

Cerca de 140 pessoas que ocupavam o Ministério de Energia foram detidas. Segundo o Conselho de Segurança Nacional, elas não ofereceram resistência.

As autoridades tailandesas publicaram fotografias que mostravam armas de fogo, bombas caseiras e bombas de gás lacrimogêneo que supostamente foram encontrados nesse acampamentos.

Essa foi a primeira detenção em massa desde o início dos protestos no país, em novembro, em que mais de 15 pessoas morreram e cerca de 600 ficaram feridas.

Os manifestantes pedem a renúncia de Yingluck e acusam a premiê de agir sob a influência de seu irmão, Thaksin, que ocupava o cargo de primeiro-ministro até 2006, quando foi destituído por um golpe de Estado.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por meio de um porta-voz, pediu que as partes em conflito resolvam o impasse no país pelo diálogo e por meios pacíficos.

NEGLIGÊNCIA

A comissão anticorrupção da Tailândia acusou a premiê Yingluck Shinawatra de negligência em um programa de ajuda a produtores de arroz.

Segundo a comissão, a premiê ignorou advertências de que o projeto implicaria em perdas econômicas para o governo e abriria oportunidades para a corrupção.

O programa, no qual o governo tailandês compra o arroz de produtores pagando 50% acima do valor de mercado, ajudou a impulsionar a campanha eleitoral de Yingluck, em 2011.

Os produtores de arroz, alguns dos quais não são pagos pelo governo há alguns meses, se uniram recentemente aos opositores e críticos do programa.

A premiê foi convocada para ser ouvida pela comissão no dia 27 de fevereiro.

Caso a comissão decida submeter o caso ao Senado, é possível que Yingluck sofra um impeachment.


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