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Integrantes do Pussy Riot sofrem novo ataque
Grupo punk foi impedido, com chibatadas e gás lacrimogêneo, de protestar em Sochi
Membros de uma milícia atacaram ontem o grupo punk Pussy Riot com chicotes e gás lacrimogêneo na cidade de Sochi, sede dos Jogos Olímpicos de Inverno.
O ataque foi feito por homens uniformizados que estão agindo como força policial informal durante os Jogos, além de agentes à paisana.
A ação ocorreu quando integrantes do grupo tentavam tocar uma música de protesto diante de uma faixa que promove a Olimpíada.
Entre eles estavam Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina, que foram libertadas da prisão em dezembro.
Elas haviam passado quase dois anos detidas por uma performance na principal catedral de Moscou, na qual tocaram uma "oração punk" recheada de críticas ao presidente Vladimir Putin.
O grupo chegou a Sochi no domingo e suas integrantes dizem ter sido detidas diversas vezes desde então. Anteontem, passaram horas em uma delegacia, aparentemente como suspeitas de terem furtado a bolsa de uma mulher em seu hotel. Após interrogatório, foram libertadas.
No episódio de ontem, cinco mulheres e um homem, todos vestindo máscaras, se reuniram a cerca de 30 quilômetros da sede da Olimpíada.
A milícia e os agentes de segurança intervieram. Um parece ter usado spray de pimenta, enquanto outro chicoteou diversos dos integrantes.
O grupo diz que tocava a canção "Putin Nos Ensinará a Amar a Pátria" no momento do ataque, que durou alguns minutos. A polícia foi ao local mas não fez detenções.
Alexander Tkachev, governador da região de Krasnodar, prometeu conduzir uma "investigação rigorosa" sobre o incidente.
Tkachev afirmou que as opiniões do Pussy Riot "não contam com o apoio da maioria das pessoas da região", mas enfatizou a importância de respeitar a lei.
Mais tarde, Tolokonnikova, Alekhina e duas outras integrantes do grupo realizaram outra apresentação improvisada no centro de Sochi, esta diante dos anéis olímpicos, na frente da prefeitura.
