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'Tenho medo de deportação', diz brasileira

A brasileira Emiliane Coimbra, 21, disse ontem à Folha que teme ser deportada da Venezuela.

Ela foi detida na terça-feira em Puerto Ayacucho, no sul do país, por segurar um cartaz com frases contra o governo de Nicolás Maduro.

"Estou com medo de tudo o que possa acontecer comigo", disse ela, que mora na Venezuela há 15 anos.

Depois de passar a noite sob custódia, Emiliane foi liberada após audiência na quarta-feira, mas responderá por incitação à violência.

A estudante de psicologia nasceu em Manaus e mora na cidade com a mãe, a comerciante Susana Costa Coimbra, e um irmão.

Folha - Qual é a sua situação atual?

Emiliane Coimbra - Não posso sair da cidade, tenho outra audiência dentro de dois meses. Não posso nem passar perto de protestos.

Como foi a sua detenção na terça-feira?

Prefiro não dar detalhes, porque tudo o que eu disser vai pesar contra mim.

A minha história já teve grande repercussão. Não gostei do que aconteceu, não quero que volte a acontecer.

Do que você não gostou?

Não gostei de onde fiquei, me trataram como delinquente.

Do que você foi acusada?

De incitação à violência.

Você está com medo de ser deportada?

Claro, estou com medo de tudo o que possa acontecer comigo.

Você conhece outras pessoas que foram detidas?

Que eu conheça não, mas muitas pessoas foram detidas em Caracas.

Você está sendo assistida pelo governo brasileiro?

Sim, recebi orientações do vice-cônsul [de Puerto Ayacucho, Antônio Bezerra] e de um advogado.

Você gosta de morar na Venezuela?

Sim. Cresci aqui, minha cultura é daqui. Mesmo com os problemas do país, eu me sinto mais venezuelana do que brasileira.


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