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Reação russa preocupa líderes ocidentais

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em mensagem à nação, o presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, afirmou que "reconhece a importância das relações com a Rússia" e está "pronto para dialogar e construir laços com o país de uma nova forma, em igualdade de condições".

O discurso engrossa a preocupação de líderes ocidentais com a reação da Rússia, que viu, em poucas horas, seu aliado Viktor Yanukovich desaparecer e ser deposto pelo Parlamento anteontem.

Além disso, o novo líder ucraniano reiterou como prioridade o retorno às negociações para a integração com a Europa --e o consequente afastamento da zona de influência russa.

A preferência de Yanukovich pela aliança com Moscou foi o estopim para os protestos que levaram à sua queda.

Conselheira de Segurança Nacional do presidente americano, Barack Obama, Susan Rice manifestou receio sobre a possibilidade de Moscou enviar tropas à Ucrânia. "Isso seria um grave erro", disse. "Não é do interesse da Ucrânia, da Rússia, da Europa ou dos Estados Unidos ver um país dividido", afirmou.

A unidade ucraniana é motivo de apreensão internacional. Teme-se que se acirrem as divisões na Ucrânia entre grupos a favor e contra o país vizinho. Ontem, já foram registrados protestos contra a deposição de Yanukovich.

Em nota, o presidente francês, François Hollande, pediu que prevaleça a união e a integridade territorial no país e reforçou a necessidade de formação de um governo de transição que conduza rapidamente às eleições.

Segundo o jornal britânico "Guardian", a chanceler alemã Angela Merkel telefonou para o presidente russo, Vladimir Putin, para pressioná-lo por uma reação branda.

Putin não fez pronunciamento oficial sobre o assunto ontem, dia em que acontecia na Rússia a cerimônia de encerramento dos Jogos de Inverno de Sochi.

O país, entretanto, convocou seu embaixador em Kiev, capital da Ucrânia, para "consulta" em Moscou.

Diante da situação, a União Europeia é pressionada a assegurar recursos que evitem que a delicada economia ucraniana entre em colapso.

A Ucrânia viu suas reservas em moeda estrangeira caírem, em janeiro, para US$ 17 bilhões (o suficiente apenas para dois meses de importações), enquanto tem uma dívida externa, no curto prazo, de US$ 60 bilhões.

Desse valor, US$ 3 bilhões têm de ser pagos ao FMI (Fundo Monetário Internacional) durante o primeiro semestre.

Depois de rejeitar um acordo com a União Europeia, o país recebeu um pacote de ajuda russo de US$ 15 bilhões. Parte da remessa, porém, foi congelada, com a chance de não ser repassada.


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