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Ataque a estátuas de Lênin reflete divisão política do país

DIOGO BERCITO DO ENVIADO A KIEV

A fúria popular que depôs o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, no sábado, estende-se também às estátuas do líder comunista russo Vladimir Lênin (1870-1924) espalhadas pelo país. Diversas delas já foram derrubadas de seus pedestais.

Boa parte das estátuas havia sido destruída em 1991, quando a Ucrânia desmembrou-se da União Soviética. As imagens são vistas como um símbolo do passado do qual o país tenta se afastar.

As pedras leninistas são também associadas à história russa. Foi, afinal, em repúdio a um acordo aproximando a Ucrânia da Rússia que manifestantes foram às ruas, em novembro, tomando a praça da Independência e exigindo um novo governo.

A própria praça havia sido anteriormente endereço de uma estátua de Lênin, erigida como homenagem ao líder comunista. Hoje, há ali um monumento à deusa eslava Berehynia, imagem feminina da proteção dos lares.

O "estatuicídio", porém, dá conta também da divisão social que ameaça hoje a estabilidade ucraniana. No leste, sob maior influência russa, manifestantes pró-Yanukovich foram até as ruas para defender as imagens de Lênin. Havia risco de embates violentos em cidades como Kharkiv e Donetsk.

Em Zhytomyr, o grupo nacionalista Setor de Direita reuniu cidadãos para derrubar uma estátua --que caiu em cima de sua própria cabeça, em uma imagem icônica registrada em vídeo. Há relatos parecidos em Boyarka, Slavuta e Bila Tservka.

Em Dnipropetrovsk, de acordo com ativistas do Euromaidan, a praça Lênin foi renomeada Heróis de Maidan --termo que passou a designar os manifestantes da praça da Independência.


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