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Mais dois morrem em atos na Venezuela

Um homem caiu de um prédio ao ser atingido por balas de borracha; outro foi alvo de disparos durante protesto

Segundo dados oficiais, já são 13 os mortos desde o dia 12; opositor Capriles não vai a reunião de governadores

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em mais uma jornada de protestos e violência, outras duas pessoas morreram ontem na Venezuela.

Em Pilas, no Estado de Táchira (oeste do país), um homem de 34 anos morreu ao cair do segundo andar de um edifício após ser atingido por disparos de borracha feita por homens da Guarda Nacional Bolivariana.

A outra morte ocorreu em Cagua, no Estado de Aragua (norte), quando um jovem de 24 anos que participava de um protesto morreu ao ser atingido por disparos feitos por homens motorizados.

O total de mortos desde 12 de fevereiro já é de ao menos 13. Segundo dados oficiais, há 140 feridos e 45 detidos.

O presidente Nicolás Maduro disse que as barricadas erguidas por manifestantes pelo país já causaram a morte de 30 pessoas devido a infartos e a ataques de asma.

O líder da oposição e candidato derrotado na eleição do ano passado, Henrique Capriles, governador do Estado de Miranda, informou que não iria à reunião convocada para ontem por Maduro porque não participaria de um encontro para tratar de temas administrativos enquanto o país está sofrendo.

"Não serei parte da orquestra do Titanic", afirmou, dizendo que o governo está afundando. No sábado, ele dissera que iria à reunião. Ontem, afirmou que Miraflores [a sede do governo] não é um cenário para o diálogo, "e não será enquanto continuarem fazendo chantagens". Ele disse que, devido à sua decisão, houve ameaças de corte de recursos para comunidades de seu Estado.

Maduro convocou para amanhã um "diálogo" com diversos setores para criar uma "conferência de paz e convivência da pátria".

Ele decretou feriados os próximos dias 27 e 28, em memória aos 25 anos do "Caracazo", quando centenas foram mortos pelo governo de Carlos Andrés Pérez.

Em Táchira, o governador José Vielma Mora informou em seu Twitter, à tarde, que continua apoiando Maduro.

"Estou com a revolução, não sei quais foram minhas palavras. Eu as assumo uma a uma. Não quis causar dano para a Revolução".

Falando a uma rádio pela manhã, o governador havia defendido a libertação do oposicionista Leopoldo López, do partido Vontade Popular, detido sob acusação de incitar a violência.

Ele disse, porém, que o sobrevoo de aviões militares e a militarização da cidade de San Cristóbal pelas Forças Armadas nos últimos dias "foi um excesso inaceitável".

O presidente informou que em Maracay (Estado de Aragua) foi detida uma pessoa, vinda do Oriente Médio, que estaria preparando carros-bomba para realizar atentados. Segundo Maduro, o homem, identificado como Jayssam Mokded Mokded, tinha 11 telefones internacionais.


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