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Fábricas chinesas suspendem produção para conter poluição
Medida foi adotada após Pequim ficar coberta por camada cinzenta
A capital chinesa passou ontem o quinto dia seguido coberta por uma densa camada cinzenta, na primeira derrota do governo em seu plano para reduzir as altíssimas taxas de poluição do ar no país.
As autoridades de Pequim voltaram a emitir o alerta laranja, o segundo mais alto da escala, após a poluição atingir nível 18 vezes mais alto que o indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Na sexta, o mesmo alerta fora ativado pela primeira vez desde a divulgação, há cinco meses, do plano do governo central contra o problema.
Com o alerta, 36 fábricas tiveram que suspender sua produção e outras 75 passaram a operar de forma parcial, de acordo com a agência de notícias oficial Xinhua. Mas a medida não baixou o nível de poluição.
Em meio ao denso smog (mistura de névoa e fumaça, na expressão em inglês) que tomou conta de Pequim, era visível o aumento do número de pessoas usando máscaras.
Quando o alerta laranja é emitido, a ordem é parar as construções e reduzir as emissões de gases poluentes das fábricas em 30%.
Até fogos de artifício e churrascos ficam proibidos. Crianças e idosos são aconselhados a permanecer em ambientes fechados.
O ministério chinês de Proteção Ambiental anunciou que fará inspeções nas fábricas e construções mais poluentes em Pequim e arredores e ameaçou multar as empresas que não estiverem respeitando o plano.
Com essas ações, o governo busca mostrar que ficou para trás o tempo em que tentava ocultar dados sobre a degradação ambiental no país, um dos principais motivos de protestos da população.
O governo também tem como meta cortar o uso de carvão em dois pontos percentuais anualmente --a queima do carvão, responsável por 65% da energia produzida na China, está entre as principais causas da poluição no país.
