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Análise

Ataque contra homossexuais é também ataque ao colonialismo

DAVID SMITH DO "GUARDIAN"

Os liberais do Ocidente, ávidos por ver o melhor da África, precisam encarar uma verdade inconveniente: trata-se do mais homofóbico dos continentes. Os relacionamentos homossexuais são ilegais em 36 dos 55 países africanos, de acordo com a Anistia Internacional, e em alguns deles são passíveis de pena de morte. E há uma nova onda de repressão em curso.

No entanto, não estamos falando apenas da retórica de ódio de políticos inescrupulosos. Eles fazem esse tipo de declaração porque sabem que ela ecoará positivamente junto a grande proporção dos africanos. Jornais, rádio e TV muitas vezes insuflam as chamas.

É esse o caso em Uganda, onde um jornal sensacionalista certa vez publicou fotos de dezenas de homossexuais sob a manchete "forca para eles".

Os proponentes da nova lei em Uganda, antiga colônia britânica independente desde 1962, apelam para noções populistas de cultura que definem a homossexualidade como "antiafricana", um comportamento externo imposto ao continente pelos imperialistas ocidentais. Visto assim, um ataque aos homossexuais é um ataque contra o colonialismo.

Porém, a homossexualidade existe ao longo da história.

"Antes da colonização, não existe registro de quaisquer leis africanas contra a homossexualidade", diz Peter Tatchell, veterano ativista dos direitos humanos. "O que foi de fato importado para a África não foi a homossexualidade, mas a homofobia".


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