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Rússia corta desconto de 30% no gás que vende à Ucrânia

Governo ucraniano já deve US$ 1,5 bilhão por recurso natural, disse o presidente Putin; EUA prometeram US$ 1 bi em empréstimos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Comgaz, subsidiária da companhia russa Gazprom, anunciou ontem que deixará de dar desconto no gás natural que vende à Ucrânia. A medida deve ser mais um golpe na economia cambaleante do país, que importa da Rússia mais da metade do combustível que consome.

Um acordo firmado em dezembro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o então líder ucraniano, Viktor Yanukovich, dava à Ucrânia um desconto de cerca de 30% no valor do gás --o metro cúbico do combustível, que custava US$ 400 (R$ 920), passou a US$ 268,50 (R$ 617).

O contrato, entretanto, precisava ser revalidado a cada três meses, e ontem ocorreu sua primeira revisão.

O presidente russo disse na televisão local que a Ucrânia ainda não havia pago sua dívida com a empresa de gás.

"Eles falharam em honrar a dívida. Acredito que hoje [a dívida] seja de US$ 1,5 bilhão (R$ 3,45 bi) e, se não pagarem em fevereiro, será de US$ 2 bilhões (R$ 4,6 bi). Por isso vamos voltar aos preços normais. Faz sentido comercialmente, não tem nada a ver com a situação na Ucrânia", disse.

Em janeiro, Putin havia dito em pronunciamento que deveria manter o desconto e que honraria a promessa de empréstimos somando US$ 15 bilhões (R$ 34,5 bi) ao país vizinho, não importando quem estivesse no poder.

"O empréstimo é para ajudar o povo comum da Ucrânia, que sofre, e não o governo", afirmara. Os repasses, porém, foram congelados após a queda de Yanukovich.

A Bolsa russa, que havia sofrido queda de 11% na segunda, fechou ontem com valorização de 5,2%. O índice FTSEurofirst 300, que reúne ações europeias, fechou com alta de 2%, depois de ter recuado 2,2% no dia anterior.

APOIO AMERICANO

Para compensar a perda de apoio financeiro russo, o secretário de Estado americano, John Kerry, chegou a Kiev ontem trazendo na mala um plano de auxílio de US$ 1 bilhão (R$ 2,3 bilhões) em empréstimos internacionais e a promessa de assistência técnica ao governo que se forma no país europeu.

Assim que desembarcou, Kerry visitou memorial aos mais de 80 mortos em protestos contra Yanukovich.

A União Europeia anunciou que também vai dar auxílio financeiro à Ucrânia. O pacote deve ser divulgado hoje.

Além disso, especialistas do FMI iniciaram ontem em Kiev reuniões com as novas autoridades para criar um plano de ajuda para o país.


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