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Chanceler russo frustra Kerry e não vê ucraniano

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Fracassou o esforço do secretário de Estado americano, John Kerry, para promover uma reunião cara a cara entre os chanceleres russo e ucraniano, em Paris, ontem.

Os ministros estavam na capital francesa por ocasião de uma reunião sobre o Líbano, mas acabaram desviando o foco para promover três encontros entre Kerry e o russo Sergei Lavrov na tentativa de convencer o segundo a conversar com o ucraniano Andrei Deschitsa.

Porém, só o que Kerry conseguiu foram declarações de que ambos os lados manterão as negociações sobre a crise. Conforme Kerry, existem "várias ideias" de como solucionar a crise.

O russo e o ucraniano passaram o dia no mesmo prédio, porém em salas diferentes, sem se falarem.

Terminadas as reuniões, o ucraniano reiterou a disposição de seu governo em dialogar com a Rússia para encontrar uma saída pacífica para a tensão na região.

O ucraniano, que viajou a Paris em resposta à iniciativa de Kerry, aproveitou para se encontrar com os outros dois chanceleres presentes, o francês, Laurent Fabius, e o britânico, William Hague.

Todo o esforço de Kerry parecia procurar garantir algum avanço na negociação antes da reunião extraordinária da União Europeia (UE) que está agendada para acontecer hoje, em Bruxelas.

Durante a reunião, os países-membros do bloco deverão concordar com a adoção das primeiras sanções econômicas contra a Rússia em decorrência da crise atual.

Outra consequência já concreta do conflito foi a suspensão do planejamento da primeira missão militar conjunta da Otan (a aliança militar ocidental) com a Rússia.

O anúncio foi feito pelo secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, após participar em reunião do Conselho Otan-Rússia com o representante de Moscou no órgão, Aleksandr Grushko.

Foram suspensas também reuniões militares ou civis entre a organização e a Rússia, perante a escalada de tensão pela presença de soldados supostamente russos na região ucraniana da Crimeia.

No anúncio, Rasmussen assegurou que, apesar das medidas, a Otan quer "manter a porta aberta ao diálogo político" com a Rússia por meio de embaixadores.

O secretário-geral da Otan deixou claro acreditar que a situação na Ucrânia tem "graves implicações" para a segurança e a estabilidade da "zona euroatlântica".

Rasmussen afirmou que a Rússia "segue violando a soberania e a integridade territorial" deste país assim como os compromissos internacionais. "Estes passos enviam uma mensagem clara: as ações da Rússia têm consequências", disse Rasmussen.

HOSTILIDADE

Também ontem, o enviado do secretário-geral da ONU para a crise, Robert Serry, recebeu ameaças e acabou forçado a deixar às pressas a cidade de Simferopol, capital da Crimeia. Ele foi acossado por um grupo de homens armados e escoltado ao aeroporto mais próximo.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia chegou a afirmar que Serry tinha sido sequestrado, mas a informação foi, posteriormente, desmentida por assessores que estavam com ele. O subsecretário-geral da ONU, Jan Eliasson, disse que Serry "está seguro e em bom estado em seu hotel".


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