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Venezuela obtém US$ 7 bi para projetos

China e empresas da Rússia e da França liberam empréstimos a serem usados principalmente na área de petróleo

Ministro das Relações Exteriores comemora falta de acordo sobre missão da OEA que seria enviada ao país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em meio ao desabastecimento de vários produtos --inclusive alimentos e medicamentos--, uma elevada inflação --cerca de 56% ao ano-- e distúrbios por todo o país --que já deixaram 20 mortos--, a Venezuela anunciou ontem um acordo de financiamento de mais de US$ 7 bilhões com a China e empresas de energia da Rússia e da França.

Os investimentos serão prioritariamente em infraestrutura na área de petróleo.

Para dar ideia da dimensão do socorro, o país recebeu, em 2013, US$ 3,6 bilhões em investimentos estrangeiros diretos para todos os setores da economia.

Rafael Ramirez, ministro do Petróleo, disse que a China concordou em liberar US$ 5 bilhões ao país, a terceira parcela do Fundo China-Venezuela.

A China tem sido fonte de financiamento venezuelana --já entregou US$ 40 bilhões ao país desde 2008.

A Venezuela assinou também um financiamento de US$ 2 bilhões com a estatal russa de petróleo OAO Rosneft, maior empresa de petróleo de capital aberto do mundo. A estatal venezuelana de petróleo PDVSA acertou ainda um financiamento de US$ 420 milhões com a francesa Perenco para formar a joint-venture Petrowarao.

SEM OEA

Ontem, Elías Jaua, chanceler da Venezuela, comemorou o fato de a Organização dos Estados Americanos (OEA) suspender reunião de chanceleres da região e decidir que não enviará uma missão ao país --o Brasil foi um dos que articularam a derrubada da proposta (leia mais nesta página).

O Conselho Permanente da OEA aprovou, por 29 votos a 3 (EUA, Canadá e Panamá), uma declaração que expressa solidariedade com a situação da Venezuela, pede que continue o diálogo e lamenta as mortes no país.

O possível envio de uma delegação foi uma sugestão do Panamá duramente criticada pelo governo venezuelano, que cortou relações com o país centro-americano. A Venezuela via a ação da OEA como intervenção dos EUA.

Jaua disse que a soberania nacional teve "nova colheita" com a negativa dos países de promoverem "qualquer tipo de ingerência".

As decisões da OEA foram tomadas após o presidente Nicolás Maduro dizer que não autorizaria a entrada de uma missão do órgão no país.

"Não vamos aceitar nenhuma delegação da OEA e, se aprovada, ela terá que entrar clandestinamente, pois nenhuma missão pisará aqui."

No mesmo discurso, ele rompeu as relações diplomáticas do país com o Panamá e chamou o presidente panamenho, Ricardo Martinelli, de "lacaio rasteiro, que articula para criar condições na OEA para uma intervenção" na Venezuela.

Maduro também acusou Martinelli de financiar a sua campanha eleitoral cobrando comissões de 20% de empresários venezuelanos que atuam na zona livre de Colón, no Panamá.

Ontem, Martinelli disse que a Venezuela deve pagar uma dívida de mais de US$ 1 bilhão que teria com o país e que suspeita que a atual crise com Caracas seja uma desculpa para não pagá-la.


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