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Presidente diz ao governo brasileiro que anunciará medidas contra crise

MÔNICA BERGAMO COLUNISTA DA FOLHA

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, revelou a emissários brasileiros que anunciará em breve medidas para tentar aliviar a situação econômica do país.

Na semana passada, ele recebeu líderes e autoridades do Brasil que foram a Caracas participar das homenagens a Hugo Chávez, morto em março de 2013.

Entre os que se encontraram com Maduro está Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Dilma Rousseff.

Ao desembarcar em Brasília, ontem, ele fez um relato da situação à presidente, e também ao chanceler Luiz Alberto Figueiredo.

DIÁLOGO

De acordo com Garcia, o dirigente venezuelano está aguardando apenas o melhor "timing" para anunciar medidas no âmbito econômico.

Isso porque qualquer iniciativa deve ser recebida com críticas e ceticismo pela oposição. Com um clima melhor, elas seriam digeridas mais facilmente pela população.

Garcia relatou ainda que as manifestações na Venezuela declinaram nos últimos dias, embora mantenham a intensidade devido à politização e à polarização do país.

Haveria também um deslocamento de lideranças no interior da oposição: parte de seus integrantes defende a radicalização e a derrubada do governo Maduro. Outros aceitariam pelo menos algum diálogo com o governo chavista.

Um ponto considerado positivo pelo governo brasileiro é o fato de, além de alguns governadores da oposição, também empresários e religiosos estarem participando da Conferência Nacional de Paz, criada por Maduro para discutir os problemas no país.

O presidente da Fedecámaras (Federação de Câmaras e Associações de Comércio e Produção da Venezuela), Jorge Roig, participou de reuniões do grupo, mesmo pontuando as "profundas diferenças" com o governo.

CARTA DO PAPA

O novo núncio apostólico da Venezuela, Aldo Giordano, esteve em um dos encontros na semana passada. O papa Francisco chegou a mandar uma carta pedindo o fim da violência e das hostilidades no país. O documento foi lido na Comissão.

Garcia foi informado ainda de que o governo venezuelano aceitaria a visita de uma comissão da Unasul para observar a situação do país.

Os dirigentes chavistas tentaram passar ao Brasil a impressão de que estão confiantes em um arrefecimento das manifestações e em uma melhora na situação econômica, ainda que discreta.

Como a presidente Dilma, Garcia declarou, ainda na Venezuela, que o país não é a Ucrânia e que será um erro acreditarem que é possível "derrubar o governo na base da manifestação de rua".


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