Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Óleo no mar pode ser indício de queda de avião desaparecido

Boeing da Malaysia Airlines com 239 a bordo sumiu entre o norte da Malásia e o sul do Vietnã

Dois nomes na lista não estavam no voo e disseram ter passaportes roubados; caso levantou suspeita de terrorismo

MARCELO NINIO DE PEQUIM

A Marinha do Vietnã avistou ontem grandes manchas de óleo nas águas entre o país e a Malásia, que suspeita serem do avião da Malaysia Airlines desaparecido na tarde de sexta-feira (horário de Brasília) com 239 pessoas.

Mais de vinte horas após o voo MH 370 decolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim, foi o primeiro indício de que o Boeing 777-200 teria caído no golfo da Tailândia, em algum ponto entre o sul do Vietnã e o norte da Malásia.

Se for confirmada a suspeita de que o avião caiu e não há sobreviventes, será o pior acidente aéreo dos últimos dez anos.

O voo partiu da capital malasiana à 0h41 de sábado (13h41 de sexta em Brasília) e deveria pousar em Pequim às 6h30 locais (19h30 de anteontem, no horário brasileiro). O contato com o avião foi perdido quase uma hora depois na travessia entre a Malásia e o Vietnã, de acordo com as autoridades malaias.

O presidente da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, disse que havia 14 nacionalidades entre as pessoas a bordo. Entre eles, 152 chineses, 38 malaios, 12 indonésios, seis australianos, cinco indianos, e os demais de Nova Zelândia, França, Canadá, Ucrânia, Rússia, Itália, Taiwan, Holanda e Áustria.

Posteriormente, o Departamento de Estado dos EUA confirmou que três cidadãos americanos estavam a bordo.

Vietnã, Malásia, China, Cingapura e Filipinas deixaram as disputas territoriais de lado para realizar as buscas.

O presidente da China, Xi Jinping, falou pelo telefone com o premiê malasiano, Najib Razak, sobre os esforços. A China enviou duas patrulhas marítimas para participar das operações.

A falta de informações precisas levou as autoridades chinesas a insistir com o governo malaio para que apresse a investigação e "esclareça a situação do vôo MH370 o mais rápido possível".

A suspeita de ataque terrorista surgiu após os governos de Itália e Áustria dizerem que seus cidadãos presentes na lista --um de cada país-- não estavam no voo e tiveram seus passaportes roubados.

Autoridades da Malásia disseram não descartar nenhuma hipótese, mas ressaltaram não haver evidências de um atentado. Os EUA afirmaram que mandariam agentes do FBI para ajudar nas investigações, já que americanos estão desaparecidos.

DESESPERO

Em Pequim, parentes que foram ao aeroporto receber o voo entraram em desespero quando souberam do desaparecimento do avião.

Em pouco tempo, seguranças os encaminharam a um hotel próximo, onde foram mantidos longe da imprensa. Segundo a agência oficial Xinhua, há 120 famílias na sala reservada.

Os poucos que deixaram a sala e falaram com repórteres reclamaram da falta de informações. Um grupo de 23 artistas chineses de caligrafia estava no voo.

Alguns respiravam aliviados por ter escapado da morte. "Era para eu estar também, mas fiquei ocupado e acabei desistindo", contou o artista Liu Hongwei.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página