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Buenos Aires quer transformar hábito de tomar café em patrimônio cultural

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

Em Buenos Aires, sair para tomar um café é praticamente um ritual diário, feito com tranquilidade --diferentemente do que acontece nas grandes cidades brasileiras, em que as pessoas saboreiam rapidamente a bebida, muitas vezes em pé.

Os portenhos incorporaram à sua rotina essa pausa para o café, acompanhado ou não de uma "medialuna" (espécie de croissant local), e lotam confeitarias e bares de manhã e à tarde.

É algo tão presente no dia a dia da cidade que a Prefeitura de Buenos Aires decidiu propor para a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) que esse hábito dos cidadãos seja considerado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

"Não estamos falando de cafeterias históricas, de espaços físicos. Queremos mostrar as pessoas, as características comuns que existem nesse hábito de tomar café para que ele seja considerado único. É algo que também agrega a literatura e a música", disse o secretário de Cultura de Buenos Aires, Hernán Lombardi, na apresentação da proposta, em Paris.

Uma comissão da Unesco avaliará os argumentos argentinos e, em novembro, a entidade deverá anunciar a sua decisão. Na Argentina --e no Uruguai-- o tango já tem esse título de bem imaterial da humanidade.

As cafeterias e bares clássicos de Buenos Aires, como o Café Tortoni, na avenida de Maio, já são reconhecidos como patrimônios culturais da cidade pela prefeitura.

Os 73 locais que ganharam essa distinção são chamados de Bares Notáveis.

No Brasil, o frevo, o samba do Recôncavo Baiano, o Círio de Nazaré e o ritual Yaokwa, de uma tribo indígena de Mato Grosso, já foram declarados Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.


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