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Iraniana Sakineh Ashtiani obteve 'licença' de prisão, afirma agência

Informação, porém, não foi confirmada pelas autoridades do Irã

DA REUTERS

Uma pessoa identificada como porta-voz do Judiciário iraniano disse à agência Reuters, sob anonimato, que Sakineh Ashtiani, 46, obteve "licença" da prisão em que está encarcerada desde 2006.

Até a conclusão desta edição, porém, a informação não fora confirmada oficialmente por nenhuma autoridade do Irã --e o porta-voz ouvido pela agência não explicou se "licença" significava soltura definitiva ou medida similar à liberdade condicional.

Segundo o entrevistado pela Reuters, a "licença" para Sakineh foi concedida há algumas semanas, em virtude de seu bom comportamento na prisão, e a medida é um sinal de "clemência" do islamismo para com as mulheres.

O caso de Sakineh chamou a atenção de organizações de direitos humanos em 2006, ano em que a iraniana foi condenada à morte por apedrejamento, sob as acusações de adultério e cumplicidade no assassinato de seu marido.

Quatro anos depois, a pressão internacional contra o Irã fez com que a sentença fosse reduzida a dez anos de prisão pela suposta participação de Sakineh na morte do marido.

Desde aquela época, as autoridades iranianas negam desrespeito aos direitos humanos e dizem que apenas aplicam a lei islâmica, em vigor no país desde a revolução que depôs o xá, em 1979.

Em julho de 2010, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a oferecer asilo a Sakineh. A oferta foi negada por seu colega no Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que deixou o cargo em agosto de 2013, após a eleição do moderado Hasan Rowhani.

Desde a sua posse, Rowhani vem dando sinais de distensão no regime iraniano, com medidas como o relaxamento da prisão do reformista Mehdi Karoubi e a libertação da advogada Nasrin Sotoudeh. Nenhum sinal, porém, foi emitido em relação ao caso de Sakineh Ashtiani.

NOTÍCIAS FALSAS

A libertação da iraniana já havia sido anunciada outras vezes, mas em todas elas a notícia se provaria falsa depois.

Em dezembro de 2010, a ativista iraniana Mina Ahadi, uma das principais responsáveis pela divulgação do caso na mídia ocidental, disse ao jornal britânico "The Guardian" que Sakineh, o filho e o advogado dela haviam sido soltos. A TV estatal do Irã negou a notícia no dia seguinte.


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