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Líder do Irã fala em superar crise e promete crescimento

Rowhani discursou no Ano Novo persa; Obama manda mensagem

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ

Em seu primeiro discurso oficial no Ano Novo persa, o presidente do Irã, Hasan Rowhani, prometeu ontem melhorar condições de vida da população, que há anos sofre com a crise econômica.

"Nosso maior [desafio] é lutar contra a recessão e pelo crescimento econômico. Este ano será o do crescimento", disse o presidente em discurso na TV, minutos após a virada do ano persa de 1393.

Eleito em junho de 2013, Rowhani assumiu um governo minado por sanções ao programa nuclear e por políticas populistas do antecessor, Mahmoud Ahmadinejad.

O país deve crescer apenas 1,3% neste ano, segundo projeção do FMI.

Rowhani afirmou que seu gabinete conseguiu frear a inflação e a desvalorização do rial, a moeda iraniana. "Continuaremos acalmando os mercados", disse.

O novo governo comemora o fato de ter alcançado um acordo nuclear preliminar com as grandes potências, pelo qual reduziu suas atividades atômicas e, em troca, beneficiou-se de um alívio parcial das sanções.

Implementado em janeiro por um prazo de seis meses, o pacto já permitiu ao Irã retomar algumas atividades comerciais com o exterior, mas continuam as maiores restrições à exportação de petróleo. Teerã também recuperou parte dos US$ 4 bilhões que estavam bloqueados em bancos estrangeiros.

Otimismo semelhante foi ostentado, horas antes, em mensagem do presidente americano, Barack Obama, pelo Ano Novo persa. "Existe a chance de chegar a um acordo se o Irã adotar medidas concretas para garantir ao mundo que seu programa nuclear é pacífico."

Para milhões de iranianos, porém, avanços nas negociações não tiveram nenhum reflexo no dia a dia. A inflação diminuiu de 40% para 36% desde agosto, mas a virada do ano persa iniciou reajustes nos preços. Contas de água e luz já subiram mais de 20% no último mês.

"A situação das finanças públicas é calamitosa. O dinheiro que está entrando com o alívio das sanções não basta. Se não houver reação rápida, o salário dos servidores poderá ficar comprometido", disse à Folha uma pessoa próxima do governo.


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