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Palestino afirma que Israel vai postergar a libertação de presos

Quarta e última etapa de soltura, que inclui detidos árabes-israelenses, está prevista para hoje

Israelenses, que não se pronunciaram, estariam pressionando palestinos para seguir com negociação de paz

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

A liderança palestina afirmou ontem ter sido comunicada de que Israel irá postergar a libertação da última leva de prisioneiros, anteriormente esperada para hoje.

A quarta e última etapa de soltura faz parte de um acordo estabelecido em julho para a retomada das negociações de paz.

Segundo uma fonte palestina ouvida pela agência AFP, o governo israelense se recusa a cumprir o passo.

O líder palestino Jibril Rajub disse que o anúncio foi transmitido pelo mediador americano Martin Indyk. Israel não se pronunciou.

O gesto dá conta da iminência de desmoronamento do processo de paz, já que é improvável que a negociação seja prolongada para depois do prazo, no final de abril.

O acordo previa a libertação de 104 prisioneiros palestinos detidos antes dos Acordos de Oslo, de 1993. Deles, 78 já foram soltos, apesar da forte oposição na coalizão do governo israelense e nos setores mais conservadores.

Em troca, a Autoridade Nacional Palestina não levaria à ONU seu pedido por um Estado. Assim prosseguiriam as negociações.

Mas há relatos de que Israel tem usado a quarta etapa de soltura para pressionar líderes palestinos a continuar com as negociações de paz.

A última leva de presos é especialmente sensível, por incluir árabes-israelenses condenados por terrorismo.

O processo de libertação dos detentos envolve uma votação no gabinete israelense.

A sociedade israelense é informada com antecedência de 48 horas, o que possibilita apelos à Corte. As últimas três solturas motivaram protestos realizados pelas famílias de vítimas dos presos.

CRISE

A libertação dos presos pré-Oslo é um dos pilares das negociações atuais, e um possível fracasso pode fazer ruir o processo de paz.

Tem havido forte trabalho diplomático por parte dos Estados Unidos para evitar o fim das conversas, reiniciadas em 2013, após os esforços de John Kerry, secretário de Estado norte-americano.

Houve, porém, pouco avanço nos últimos meses.

A julgar pela escassa informação divulgada, em meio a uma política de silêncio dos dois lados, há diversos entraves a serem solucionados.

Um deles é a exigência israelense de que a Autoridade Nacional Palestina reconheça Israel como um "Estado judaico".

Também terão de ser discutidos, durante as negociações, temas como o status de Jerusalém e as fronteiras de um futuro Estado palestino.


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