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Fabricantes de celular brigam por Obama

Casa Branca testa aparelhos da Samsung e da LG, embora porta-voz negue intenção de trocar BlackBerry do presidente

Líderes procuram se proteger de espiões com chips de encriptação; mais radical, Putin diz que nem usa celulares

DO "GUARDIAN"

Por anos os líderes mundiais mais poderosos usaram um BlackBerry para checar os seus e-mails longe de casa --o aparelho ainda é o preferido de Barack Obama, que usa um modelo especialmente modificado pela NSA (Agência de Segurança Nacional).

Mas a notícia de que a agência de comunicações da Casa Branca testa outros telefones, incluindo modelos da Samsung e LG, provocou arrepios nos fãs da empresa canadense de smartphones, que passa por dificuldades.

Para um líder mundial, segurança significa proteger o aparelho contra tentativas de invasão por hackers amadores e profissionais e, o que é mais importante, por agências de espionagem, interessadas em saber com quem e sobre o que ele anda falando.

Que um governante tenha seu telefone grampeado representa o fracasso máximo de sua espionagem nacional.

O BlackBerry vem sendo o telefone preferido pelas agências de espionagem em termos de proteção contra invasões. Agora, porém, a Apple e a Samsung, as maiores fabricantes de smartphones, começam a bater na porta dos serviços de segurança.

Embora o secretário de imprensa da Casa Branca tenha insistido que "o gabinete executivo do presidente não está participando de um programa-piloto" para substituir o BlackBerry de Obama, talvez seja só questão de tempo.

ALEMANHA

O celular de Angela Merkel tornou-se o telefone mais famoso da política mundial quando, em outubro, veio à tona que a NSA espionava as ligações da chanceler.

Mas Merkel tem ao menos dois telefones de uso regular. O aparelho que teria sido monitorado pelos EUA, um Nokia 6260 Slide, supostamente era usado só para questões partidárias. Para temas de Estado, ela usa um BlackBerry Z10 com chip de encriptação.

EUA

Uma das primeiras batalhas de Barack Obama quando ele chegou à Casa Branca, em 2009, foi para conservar o BlackBerry pelo qual tinha tanto apreço, a despeito das objeções do serviço secreto.

Desde então, o presidente foi autorizado a usar um BlackBerry modificado, com encriptação intensificada.

Só um punhado de altos funcionários da Casa Branca e familiares dele têm seu endereço de e-mail pessoal. Três meses atrás, Obama disse a um grupo de jovens: "Não sou autorizado a ter um iPhone, por razões de segurança".

RÚSSIA

O presidente Vladimir Putin é famoso por dizer que não possui celular. Em 2006, ele teria afirmado que tinha muitos, mas não usava por não ter tempo. Em 2010, porém, disse não possuir nenhum. "Se eu tivesse um celular, ficaria tocando o tempo todo."

Mas a aversão de Putin pode estar ligada à preocupação com a segurança, incutida nele desde seus tempos na KGB. É sabido que ele também evita a internet e prefere receber informações em relatórios comuns redigidos por suas agências de inteligência.

COREIA DO NORTE

As especulações sobre o celular de Kim Jong-un aumentaram após ele ter sido fotografado numa reunião de segurança nacional em janeiro de 2013 com um smartphone aparentemente fabricado pela companhia taiwanesa HTC.

A mídia sul-coreana disse que o líder norte-coreano provavelmente usava o aparelho para falar com membros de sua família e funcionários seniores do partido do governo.

Kim é um dos estimados 2 milhões de usuários de celulares entre os 25 milhões de norte-coreanos. O uso no país limita-se a autoridades e suas famílias, moradores ricos de Pyongyang e, cada vez mais, comerciantes e empresários que têm laços com a China.

Os assinantes norte-coreanos não podem acessar a internet com o celular, só fazer ligações e enviar mensagens de texto dentro do país. Não há acesso internacional.


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