Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Putin e Obama concordam em negociar sobre crise com Ucrânia

Líderes de Estados Unidos e Rússia conversam por telefone e combinam de iniciar diálogo

Obama teria sugerido a retirada de tropas da Rússia da fronteira com a Ucrânia, segundo o jornal 'New York Times'

LEANDRO COLON DE LONDRES

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram ontem por telefone e decidiram iniciar negociação sobre a crise na Ucrânia. É a primeira vez que os dois se falam desde a anexação da Crimeia, na semana passada.

Segundo a Casa Branca, Obama pediu a Putin que apoie uma solução pacífica para a disputa e evite provocações. Entre elas, aumento no número de soldados russos na fronteira ucraniana.

Mais cedo, o presidente americano havia dito que o maior efetivo militar era um "esforço para intimidar a Ucrânia, ou pode ser que eles tenham planos adicionais".

Os Estados Unidos consideram exagerado o deslocamento de 30 mil militares para a fronteira com a Ucrânia. A Rússia nega e diz que o efetivo está de acordo com o definido pela lei internacional.

O jornal "The New York Times" informou que Obama teria sugerido no telefonema que Putin retirasse as tropas da Crimeia. Nem a Casa Branca nem o Kremlin confirmam a informação.

Por outro lado, Putin pediu a seu colega americano mais atenção ao avanço de grupos extremistas no país vizinho, segundo nota do Kremlin.

Moscou acusa a extrema direita ucraniana de perseguir e intimidar os partidários do ex-presidente Viktor Yanukovich, sob vista grossa do novo governo do país.

Membros do governo americano dizem que a ligação foi acertada em encontro do secretário de Estado americano, John Kerry, com o chanceler russo, Sergei Lavrov, em Haia, na Holanda.

Os dois participavam da Cúpula de Segurança Nuclear, em que Obama endureceu as ações contra a Rússia.

Na terça, ele convenceu o G7 a suspender Moscou e cancelar a reunião prevista para Sochi, em junho, além de aprovar novas sanções contra dirigentes russos.

Anteontem, americanos e europeus conseguiram os cem votos a favor de uma resolução na Assembleia-Geral da ONU que considerou ilegal o referendo que definiu a anexação da Crimeia.

A Rússia e dez países votaram contra e outros 58 se abstiveram, dentre eles China e Brasil. Moscou disse ontem que considera as abstenções como sendo votos a favor de sua posição.

Ontem, a Rússia ordenou a entrega de todo o armamento que pertencia à Ucrânia na Crimeia, incluindo navios e aviões sob controle de Kiev.

Segundo o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, "a retirada das unidades do Exército que manifestaram sua vontade de seguir a serviço das Forças Armadas da Ucrânia foi concluída".

Deposto em fevereiro, o ex-presidente Viktor Yanukovitch, aliado de Moscou, defendeu a realização de referendos em cada região da Ucrânia com maioria russa, como ocorreu na Crimeia.

"Não deixem que os impostores usem vocês. Exijam a organização de um referendo sobre o status de cada região", disse.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página