Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

ONG vê 'espiral de violência' venezuelana

Em relatório, Anistia Internacional afirma que direitos humanos têm de estar à frente da agenda política do país

Para organização, se tendência de violência não recuar, país verá a maior ameaça ao Estado de Direito em décadas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em relatório, a organização não governamental Anistia Internacional alertou para o risco de uma "espiral de violência" na Venezuela e instou o governo de Nicolás Maduro e a oposição a respeitarem os direitos humanos.

"Os direitos humanos têm de ser colocados à frente da agenda política na Venezuela. Caso contrário, o país corre o risco de entrar em uma espiral de violência", afirmou Esteban Beltrán, diretor da seção espanhola da Anistia.

Segundo o documento, se a tendência não for revertida, o país verá mais abusos e violações de direitos, como violência policial, assédio a jornalistas e detenções arbitrárias. Para a ONG, essa seria a "maior ameaça ao Estado de Direito nas últimas décadas".

Nuria García, pesquisadora da AI, disse que a instituição está especialmente preocupada com o uso de armas de fogo contra manifestantes.

Segundo o relatório, desde o início das manifestações, em fevereiro, 37 pessoas foram mortas e mais de 550 se feriram. Na semana passada, o governo do país computava 39 mortos nos protestos.

A violência foi exercida, afirma o relatório, "tanto pelas forças de segurança como por grupos pró-governo, por manifestantes e por indivíduos não identificados".

García denunciou que grupos armados pró-governo usaram a violência contra manifestantes, "muitas vezes, diante de forças da ordem que não intervieram".

Segundo Beltrán, não há relatos de "grupos armados organizados pela oposição", mas há registros de abusos de direitos humanos por manifestantes antigoverno.

PROTESTOS DO DIA

Ontem, em Chacao, 13 pessoas ficaram feridas em confrontos entre manifestantes e polícia, segundo o prefeito da cidade, o oposicionista Ramón Muchacho. À noite, a Guarda Nacional atacou com gás lacrimogêneo um grupo de estudantes acampados há alguns dias diante da representação da ONU em Caracas. Ao menos 13 foram detidos, disse o jornal "El Universal".

Em Margarita, ilha turística a leste de Caracas, o líder estudantil oposicionista Fillipo Sevillano foi baleado na cabeça durante um protesto. Até a conclusão desta edição, seu estado era crítico.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página