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Ucrânia fará treinamento militar com Otan

Em reunião, aliança ocidental ratifica suspensão de cooperação com Rússia; Congresso dos EUA aprova pacote de ajuda

Empresa de gás russa suspende desconto dado a ucranianos em dezembro, antes da queda de Yanukovich

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Parlamento da Ucrânia aprovou ontem uma lei que autoriza o treinamento de tropas ucranianas com países da Otan (aliança militar ocidental) em seu território. Cerca de 7.000 militares devem participar desses exercícios, previstos para maio e outubro em diversas regiões do país, inclusive no mar Negro.

Segundo Mikhail Koval, ministro da Defesa interino ucraniano, deverão ser treinadas operações humanitárias, de busca e resgate em terra e mar, de defesa de Estado e de paz e segurança.

A aprovação coincidiu com um encontro dos 28 países-membros da Otan em Bruxelas, o primeiro desde a anexação da Crimeia pela Rússia, no mês passado.

Na reunião, a Otan ratificou formalmente a decisão, tomada no início de março, de suspender a cooperação "prática", civil e militar com a Rússia. A aliança, porém, manterá canais diplomáticos com autoridades de Moscou, segundo seu secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen.

Além disso, a Rússia continuará participando de um programa de cooperação com o combate ao narcotráfico no Afeganistão. As relações da Otan com os russos serão reavaliadas na próxima reunião do grupo, em junho.

A Otan também decidiu ontem, segundo a agência Efe e a rede CNN, elaborar em caráter de urgência medidas para intensificar a defesa coletiva no leste da Europa, como a movimentação e o reforço de efetivos militares. A aliança considera ainda rever exercícios de formação de curto prazo e planos militares.

A Rússia anunciou ontem a retirada parcial de suas tropas --mil soldados-- da fronteira oriental da Ucrânia. A informação não foi confirmada pela Otan. Estima-se que haja de 35 mil a 40 mil soldados russos na região.

CONGRESSO DOS EUA

Ontem à noite, a Câmara americana aprovou por 378 votos a 34 um pacote de ajuda à Ucrânia. Ele inclui garantias de empréstimos, auxílio à segurança do novo governo ucraniano e expansão das sanções para quem atentar contra a soberania do país.

Segundo congressistas, a intenção é sinalizar ao presidente russo, Vladimir Putin, que haverá consequências se a Rússia promover uma escalada militar na Ucrânia. "Os alvos [das sanções] devem incluir quem exerce influência sobre a política russa, como os oligarcas", disse o deputado republicano Ed Royce.

O pacote segue agora para a aprovação do presidente americano, Barack Obama.

DESCONTO ANULADO

A empresa russa Gazprom suspendeu ontem o desconto, concedido em dezembro do ano passado, do preço do gás vendido à Ucrânia. O valor subiu de US$ 268 (por mil metros cúbicos de gás) para US$ 385. O aumento já era esperado, mas agrava as perspectivas econômicas do país.

Segundo o chefe-executivo da empresa, Aleksei B. Miller, a Gazprom tomou essa decisão após a Ucrânia não saldar uma dívida pendente de compra de gás. Miller não citou os acontecimentos políticos que levaram, em fevereiro, à queda do presidente pró-russo Viktor Yanukovich.

Apesar da declaração de Miller, é consenso entre os observadores que a retirada do desconto é uma retaliação econômica da Rússia ao governo interino ucraniano.


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