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Casa Branca nega visto de entrada a embaixador iraniano para a ONU

Indicado à missão do Irã no órgão é suspeito de ter ajudado a sequestrar americanos em 1979

Teerã diz que decisão é 'lamentável' e fere com as obrigações dos EUA como o país-sede das Nações Unidas

DA REUTERS, EM WASHINGTON

A Casa Branca disse ontem que um funcionário iraniano, que supostamente fez parte do grupo de estudantes que sequestrou diplomatas dos EUA em 1979, não receberá visto para se tornar o embaixador do Irã nas Nações Unidas, sediada em Nova York.

O presidente Barack Obama está sob forte pressão do Congresso para não permitir a entrada de Hamid Abutalebi no país.

Na prática, a decisão impede que Abutalebi assuma o novo cargo.

O anúncio foi feito um dia após a Câmara dos Deputados ter seguido o Senado e votado contra a ida do iraniano.

O projeto, que precisará da sanção do presidente Barack Obama para virar lei, pretende negar a admissão de qualquer pessoa como representante da ONU que tenha praticado uma atividade terrorista contra os EUA.

O governo americano faz objeção a Abutalebi devido à suposta colaboração dele com o grupo de estudantes que manteve 52 americanos reféns durante 444 dias, começando em 1979, depois de tomarem a Embaixada dos EUA em Teerã.

"Deixamos muito claro para os iranianos que esta indicação não é viável", disse em um comunicado a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

O veto ao embaixador foi visto pelos congressistas americanos como uma oportunidade de mostrar intransigência com relação ao Irã, semanas após uma nova lei de sanções parar no Senado. As leis foram aprovadas por unanimidade na Câmara e no Senado, nesta semana.

A iniciativa, porém, suscitou alguns receios.

Um assessor do Congresso disse que ela pode criar um precedente para políticos ou grupos de interesses americanos pressionarem presidentes a negar vistos por razões políticas.

Pode também gerar disputas em torno de vistos em outros países onde organizações internacionais tenham sedes, segundo o assessor, que pediu anonimato para falar livremente sobre a questão controversa.

RESPOSTA

O porta-voz da missão do Irã para a ONU, Hamid Babaei, afirmou, por meio de um comunicado, que a decisão dos EUA é "lamentável".

"É uma decisão lamentável de um governo americano que está em contradição com a lei internacional, com a obrigação de um país-sede e com o direito inerente dos países à soberania sobre as designações de representantes para as Nações Unidas", afirmou o diplomata.

As Nações Unidas disseram esperar que o assunto possa ser resolvido pelos dois países.


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