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Premiê ucraniano oferece mais poder a líderes do leste

Governo de Yatseniuk rejeita proposta feita pela Rússia de federalizar país, mas concorda com mais autonomia

Crimeia aprova nova Carta; EUA impõem sanções a separatistas e empresa da península anexada pela Rússia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, prometeu ontem dar mais poderes à região leste do país, dias após o governo ter ameaçado usar a força para retirar manifestantes que ocupam prédios públicos em Lugansk e Donetsk.

O ultimato de 48 horas para o fim da ocupação, que já dura seis dias nas duas cidades, expirou ontem, no dia em que Yatseniuk visitou Donetsk e disse ser contra "cenários violentos".

Os manifestantes de Donestsk chegaram a declarar independência da Ucrânia no domingo (6), mas Yatseniuk se recusa a atender ao pedido de federalização do país, como havia sugerido a Rússia, por temer o surgimento de uma onda separatista.

No entanto, o premiê, que não se reuniu com os insurgentes, garantiu a líderes locais mais poder para controlar sua própria economia e escolher seus governantes, que hoje são nomeados pelo governo federal, em Kiev.

Para o prefeito de Kharkov, onde manifestantes já desocuparam prédios governamentais, o ponto-chave dos protestos não é a separação da Ucrânia, mas maior autonomia para o leste, região com maioria étnica russa. "Não há separatistas entre nós", disse.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a Rússia "quer a Ucrânia inteira dentro de suas fronteiras atuais, mas com respeito às regiões".

Lavrov também pediu ontem ao secretário de Estado americano, John Kerry, que convença a Ucrânia a não usar a força contra os manifestantes pró-Rússia do leste.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ontem que seu país garante o cumprimento de suas obrigações com os consumidores europeus de gás. "O problema não está em nós, mas em que se garanta o trânsito [do gás] através da Ucrânia", disse.

Cerca de um terço do gás consumido na Europa vem da Rússia, e boa parte chega aos europeus pela Ucrânia.

Anteontem, Putin havia avisado que os europeus poderiam ser prejudicados caso o fornecimento à Ucrânia fosse suspenso por causa da dívida de US$ 2,2 bilhões (R$ 4,8 bilhões) do país.

O ministro da Energia ucraniano, Yuri Prodan, disse ao Parlamento que a UE pode ajudar o país em caso de corte ou redução do gás, inclusive revertendo o fluxo dos gasodutos que vêm da Rússia.

SANÇÕES

Os EUA impuseram uma terceira rodada de sanções ontem, punindo uma companhia de gás da Crimeia e seis separatistas da península, além de um ex-oficial ucraniano, por ameaçarem "a paz e a estabilidade na Ucrânia".

Ontem, o Parlamento da Crimeia aprovou a nova Constituição da república, recém-anexada por Moscou.

Estão marcadas para o próximo dia 17, em Genebra (Suíça), as primeiras conversas diretas entre União Europeia, EUA, Rússia e Ucrânia sobre a crise iniciada em novembro do ano passado.


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