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Casa Rosada diz que greve geral no país foi locaute

Governo argentino acusa empresários de terem participado da paralisação

Mobilização deixou milhões de pessoas sem transporte público; consultoria estima prejuízos em US$ 1 bi

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

O governo argentino se recusou a reconhecer a greve geral que paralisou o país anteontem como um movimento dos trabalhadores.

O chefe de gabinete da Presidência, Jorge Capitanich, disse que era "muito difícil avaliar o impacto" da paralisação organizada por três das cinco centrais sindicais argentinas, que reuniu 1 milhão de trabalhadores. Foi a segunda greve contra o governo de Cristina Kirchner num intervalo de 17 meses.

"A greve pode ser confundida com um locaute patronal", afirmou Capitanich.

O governo sustenta, por meio de seus aliados, que os empresários teriam colaborado com o movimento grevista ao não abrir as portas de seus negócios.

A paralisação de quinta-feira deixou milhões de pessoas sem transporte público e provocou o cancelamento de voos domésticos e internacionais no país. Postos de combustíveis não abriram, hospitais públicos atenderam apenas a emergências e a coleta de lixo foi interrompida.

Os grevistas reclamavam principalmente da perda do poder aquisitivo dos salários por causa da inflação.

Em 2013, a Casa Rosada divulgou que a inflação foi de 10,9%, enquanto consultorias privadas estimam que tenha sido de 28,3%. Os sindicalistas pedem que os reajustes deste ano fiquem entre 32% e 40%, já que a previsão de inflação é de 40%.

A greve geral de anteontem representou a perda de US$ 1 bilhão (R$ 2,20 bilhões) para o país, segundo levantamento da consultoria Orlando Ferrer & Associados. O setor de serviços foi o mais afetado pela paralisação.


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