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Radicais islâmicos matam ao menos 60 no norte da Nigéria

Boko Haram, que deseja impor a sharia e proibir ensino ocidental no país, matou quase 4.000 nos últimos anos

Governo não consegue reprimir ação do grupo, que atua em uma região pobre do país, distante dos poços de petróleo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ao menos 60 pessoas foram mortas ontem em ataques no noroeste da Nigéria, no Estado de Borno. Segundo o governo local, os responsáveis pelo ataque são do grupo radical islâmico Boko Haram.

Trata-se de uma organização ligada à Al Qaeda, que quer impor a sharia (lei islâmica) no norte da Nigéria.

Eles agem invadindo aldeias com carros e motos, jogando bombas caseiras e ateando fogo nas casas enquanto os moradores dormem. Quando as vítimas tentam fugir, os membros da Boko Haram abrem fogo.

Na cidade de Dikwa, na quinta-feira, o grupo atacou uma escola, matando seis professores e dois seguranças.

Na quarta-feira, dezenas de islâmicos armados atacaram uma delegacia, um tribunal e um banco no norte da Nigéria, matando sete policiais e um civil, segundo a agência de notícias AFP.

A Nigéria tem 170 milhões de habitantes, divididos quase que meio a meio entre cristãos e muçulmanos. Ataques causados por intolerância religiosa são frequentes.

No caso específico do Boko Haram (que significa "a educação não islâmica é pecadora"), o objetivo é estabelecer um Estado islâmico e fazer com que o ensino passe a acontecer exclusivamente em escolas muçulmanas.

Os alvos mais frequentes são escolas, universidades e alojamentos estudantis, mas há também muitos ataques a a estabelecimentos cristãos e a prédios do governo, além de sequestros.

O grupo matou, nos últimos quatro anos, quase 4.000 pessoas na Nigéria. As autoridades locais têm grande dificuldade para reprimir as ações do grupo.

FUGA

Os moradores das localidades próximas aos cenários de ataques recentes fugiram de suas casas por medo.

Ao longo dos anos, muitos têm desistido de voltar, causando êxodo na região.

Além disso, no sábado, centenas de estudantes que prestariam o equivalente ao vestibular no norte da Nigéria desistiram dos exames, com receio de ataques islâmicos.

O impacto dos conflitos sobre a economia nigeriana é limitado, pois os poços de petróleo e as principais empresas do país ficam ao sul.


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