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Pulitzer premia série sobre esquema de espionagem nos EUA

Principal prêmio para o jornalismo no mundo foi para o britânico "Guardian" e o americano "Washington Post"

Ambos basearam suas reportagens em material vazado pelo ex-técnico de segurança Snowden, hoje exilado na Rússia

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

A série de reportagens que revelou o amplo esquema de espionagem do governo americano por meio da Agência de Segurança Nacional (NSA) deu ao jornal britânico "The Guardian" e ao americano "The Washington Post" o Pulitzer, o mais prestigiado prêmio de jornalismo do mundo.

Segundo a Universidade Columbia, responsável pela premiação, a cobertura dos jornais "estimulou um debate sobre a relação entre o governo e o público em temas de segurança e privacidade".

"As reportagens foram além de documentos vazados. Vivemos momentos desafiadores para o jornalismo, mas os vencedores são exemplos do bom jornalismo praticado no país", declarou o administrador do Pulitzer, Sig Gissler.

O ex-técnico da NSA Edward Snowden, que vazou os documentos para o jornalista americano Glenn Greenwald e está asilado na Rússia, disse, em nota, que o prêmio é um "reconhecimento para os que acreditam que o povo tem um papel no governo".

"Devemos isso aos esforços dos bravos repórteres, que continuaram trabalhando, mesmo sob enorme intimidação, incluindo a destruição forçada de materiais jornalísticos e o uso inadequado de leis de terrorismo", afirmou Snowden.

Segundo Gissler, o nome de Greenwald não foi citado por essa ser a única das 14 categorias em que o prêmio é dado aos jornais, e não aos repórteres.

Greenwald, que mora no Brasil, chegou a Nova York na sexta passada --em sua primeira viagem aos EUA após a publicação das reportagens-- para a entrega do Prêmio George Polk, também de jornalismo, pela série da NSA. Em outubro, Greenwald deixou o "Guardian".

A editora-chefe do "Guardian" nos EUA, Janine Gibson, disse, por e-mail, estar grata pelo reconhecimento, após "um ano intenso e exaustivo", de que o trabalho realizado representa "uma grande realização para o serviço público".

Por ser um prêmio destinado a organizações americanas ou com sede nos EUA, o Pulitzer foi dado à sede do "Guardian" em Nova York.

Para o editor executivo do "Washington Post", Martin Baron, os jurados "reconheceram que essa era uma história extremamente importante, mas também especialmente sensível e difícil".

Entre os livros, a escritora americana Donna Tartt, 50, levou o prêmio de melhor ficção, por "The Goldfinch". Com 784 páginas, o livro foi descrito pelo júri como "um romance sobre envelhecimento escrito de maneira bela, que estimula a mente e toca o coração". O romance sai no Brasil em setembro, pela Companhia das Letras.


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