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Opositores venezuelanos vão participar de comissão

Governo aceita ampliar órgão que vai investigar episódios de violência

Governo não aceita lei de anistia, mas promete rever situação de presos políticos, inclusive os acusados em golpe

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A oposição venezuelana fará parte das investigações sobre os episódios de violência no país dos últimos dois meses, como também da revisão dos casos de policiais presos no golpe de 2002 contra o presidente Hugo Chávez.

Na segunda reunião com o governo, os oposicionistas, representados pelo secretário-geral da Mesa de Unidade Democrática, Ramón Guillermo Aveledo, conseguiram um acordo para a ampliação da já existente Comissão da Verdade.

Segundo a proposta da oposição, a comissão deve ser integrada por representantes da sociedade escolhidos em mútuo acordo e não somente por parlamentares.

O objetivo é investigar as violações de direitos humanos durante os protestos no país, que deixaram 41 mortos desde fevereiro.

"Todos queremos uma comissão confiável para esclarecer a verdade", disse Aveledo.

Além disso, oposição e governo concordaram em falar com as vítimas da violência e da ação policial durante o golpe de 12 anos atrás.

A ideia é também revisar a situação dos presos políticos que participaram da ação. O principal caso é o do ex-chefe de polícia Iván Simonovis, condenado a 30 anos de prisão pela morte de dois manifestantes.

Aveledo informou que serão realizados novos exames em Simonovis para adotar medidas em relação a sua saúde, que é precária e piora com as condições de reclusão, segundo familiares.

"É importante lembrar que Simonovis não representa um caso isolado, há um número significativo de pessoas na mesma condição", disse.

Ainda na reunião de anteontem, o governo rejeitou uma proposta de lei de anistia da oposição. Aveledo adiantou, porém, que a próxima reunião deve tratar dos presos políticos.

Governo e oposição condenaram a violência diante dos mediadores da reunião, os chanceleres do Equador, da Colômbia e do Brasil, além do núncio (embaixador) do Vaticano, Aldo Giordani.

"Não há intenção do governo, pelo menos no momento, de ter uma lei de anistia. Há uma disposição de olhar casos específicos", disse o ministro brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, em entrevista dada em Brasília.

Cinco deputados esquerdistas do Parlamento Europeu denunciaram em carta aberta o "lobby" contra o governo venezuelano que estaria sendo praticado pela opositora María Corina Machado.

Corina, deputada que foi cassada de forma sumária pelo Legislativo venezuelano, esteve nessa semana na sede do Parlamento Europeu.


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