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Capitão é acusado de atitude negligente em naufrágio

Comandante teria abandonado embarcação sul-coreana e ordenado tardiamente que os passageiros saíssem

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Enquanto as operações de buscas eram interrompidas diante do mau tempo no mar de Jindo, na Coreia do Sul, onde um navio naufragou na manhã de quarta-feira (horário local), o comandante da embarcação, Lee Jun-seok, 69, passou a ser alvo de críticas em relação ao desastre.

Até as 21h de ontem, 25 passageiros haviam morrido e pelo menos 270 continuavam desaparecidos. Outros 179 foram resgatados por barcos que passavam na região.

De acordo com Oh Yong-seok, membro da tripulação, o capitão demorou a esvaziar o navio. Em vez disso, orientou os passageiros a vestir coletes salva-vidas e a permanecer embarcados.

A ordem para sair veio 30 minutos depois, mas é possível que ela não tenha sido transmitida pelos alto- falantes da embarcação.

O capitão também é acusado de ter sido um dos primeiros a abandonar o navio. A atitude se assemelha à do capitão Francesco Schettino diante do naufrágio do Costa Concórdia, na Itália, em 2012, que deixou 32 mortos.

Em entrevista, Lee Jun-seok pediu desculpa às famílias dos passageiros e disse não ter palavras para o que aconteceu. Ele pode ser indiciado por homicídio culposo e negligência.

SOBREVIVENTES

A situação fica mais dramática em razão de mensagens de celular enviadas de dentro do navio, por sobreviventes presos em bolsões de ar. Não está claro de quando são, entretanto --a embarcação teria submergido completamente na noite de ontem (no horário de Brasília), de acordo com a CNN.

"Mando esta mensagem em caso de eu não conseguir dizer isso de novo. Mãe, eu te amo", disse o estudante Shin Young-jin. Em outra mensagem, um garoto de 16 anos escreveu ao irmão: "Meu quarto está inclinado cerca de 45 graus. Meu celular não está funcionando muito bem".

Uma garota descreve: "Há pessoas no navio, não consigo ver nada, está completamente escuro". Em outro trecho: "Nós ainda não estamos mortos".

O navio, que partiu do porto de Incheon, a 43 km da capital, Seul, com destino a Jeju, no sul do país, levava muitos estudantes em férias.


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