Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Rússia acusa Ucrânia de ter violado acordo

Chanceler Lavrov reage irritado a ataque sofrido anteontem por separatistas pró-Moscou, que deixou 3 mortos

Declaração reacende medo de intervenção no leste ucraniano; fotos mostrariam forças da Rússia entre ativistas

LEANDRO COLON DE LONDRES

O governo russo acusou ontem a Ucrânia de violar o acordo anunciado na última quinta-feira em Genebra que busca uma solução para a crise instalada no leste do país.

Para o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, o governo ucraniano falhou ao não impedir que extremistas pró-Kiev atacassem separatistas anteontem em Slaviansk, em confronto que levou à morte de ao menos três pessoas --há relatos não confirmados de outras duas mortes.

"Isso é absolutamente inaceitável. As autoridades ucranianas não estão fazendo nada, não estão mexendo um dedo para combater as causas da crise interna do país", afirmou o dirigente russo.

O ministro disse que os EUA precisam avaliar o suporte político que vêm dando ao governo da Ucrânia, que assumiu em fevereiro após a queda do então presidente Viktor Yanukovich, aliado de Moscou. A forte reação russa voltou a causar o temor de uma interferência do país no leste da Ucrânia.

Os EUA vêm ameaçando Moscou com novas sanções econômicas pelo apoio às forças separatistas pró-Rússia.

"Antes de fazerem ultimatos, pediríamos a nossos parceiros americanos que tenham consciência de sua responsabilidade pelo apoio aos que chegaram ao poder em Kiev", afirmou Lavrov.

Em resposta às acusações de Moscou, o chanceler ucraniano, Andriy Deshchytsia, se disse "surpreso" pelo fato de o colega russo mostrar que "desconhece o que estava sendo feito" pela Ucrânia em relação ao pacto de Genebra.

No sábado, Deshchytsia anunciara uma espécie de "trégua de Páscoa" no leste do país para evitar novos confrontos com os separatistas.

Entretanto, os ativistas pró-Rússia dizem ter sido atacados por um grupo nacionalista ucraniano, que, por sua vez, nega envolvimento.

As mortes neste episódio foram as primeiras desde que o acordo de Genebra foi assinado por União Europeia, Rússia, Ucrânia e EUA. A negociação prevê, entre outros itens, que sejam desarmados grupos ilegais, como os separatistas que ocupam prédios públicos no leste ucraniano há pelo menos duas semanas.

No dia seguinte à negociação de Genebra, porém, esses ativistas anunciaram não estar dispostos a ceder nem deixar os lugares invadidos, expondo a fragilidade do pacto.

PRESENÇA RUSSA?

O Departamento de Estado dos EUA divulgou fotos cedidas por diplomatas da Ucrânia que supostamente mostram soldados das forças especiais russas entre os separatistas no leste ucraniano.

Se confirmadas, as imagens desmentem frontalmente a alegação do presidente russo, Vladimir Putin, de que não tem relação com os ativistas pró-Russia na Ucrânia.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página