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Em meio à guerra civil, Síria anuncia eleição para junho

Ditador Assad, no poder desde 2000, deve ser reeleito para mais sete anos

Regime tenta obter um verniz de legitimidade, mas um porta-voz dos EUA chama pleito de 'paródia de democracia'

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Em meio à guerra civil, a Síria irá realizar eleições presidenciais em 3 de junho, anunciou ontem o regime.

Sírios fora do país, incluindo refugiados, deverão votar em uma data anterior. Não está claro como será possível viabilizar a votação em áreas conflagradas pelo país.

Ainda que não tenha anunciado sua candidatura oficialmente, é esperado que o ditador Bashar al-Assad vença as eleições e garanta assim um terceiro mandato de sete anos. Ele está no poder desde 2000, após a morte de seu pai, Hafez al-Assad.

O anúncio da eleição é visto como uma tentativa dele de ter um verniz democrático. Mas ontem, um representante dos EUA caracterizou o pleito como uma "paródia de democracia".

A crise síria, iniciada em março de 2011, já deixou mais de 150 mil mortos, além de 9 milhões de deslocados. Em Damasco, os aliados de Assad apostam nele como uma garantia de estabilidade.

O anúncio da eleição ocorreu pouco após morteiros terem atingido a região do Parlamento sírio. O disparo foi anunciado por rebeldes como um aviso de que o regime não está seguro. Cinco pessoas foram mortas.

Apesar de Assad manter Damasco com mão firme, impondo rigorosos controles militares e cercando a oposição em regiões periféricas, a cidade ainda vive sob tensão.

O Parlamento aprovou neste mês uma lei eleitoral que facilita a entrada de outros candidatos na disputa.

Apesar disso, é necessário que os concorrentes de Assad tenham vivido na Síria durante os últimos dez anos e, além disso, não ter outra cidadania a não ser a síria.

Dessa maneira, ficam impedidos de candidatar-se os líderes da oposição atualmente em exílio.

SUBSTÂNCIA

Ontem, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que está analisando "indicações" de uso de uma substância química neste mês.

Segundo uma porta-voz, ainda não é possível dizer se o governo foi responsável, embora os rebeldes tenham acusado o regime pela utilização de gás clorino em Kfzar Zeita, em 11 e 12 de abril. O material teria sido despejado de helicópteros.


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