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Ucrânia diz que retomará ação contra separatistas

Presidente anuncia operação contra 'terroristas' ligados ao governo russo

Governo vê conivência e apoio de Moscou na morte de duas pessoas, incluindo um político, e em ataque a aeronave

LEANDRO COLON DE LONDRES

Menos de uma semana após a assinatura de acordo para reduzir a tensão com a Rússia, o presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, determinou o fim da trégua e a retomada de uma operação "antiterrorismo".

Embora não tenha deixado claro, ele provavelmente se refere a ações nos próximos dias para retirar à força grupos separatistas pró-russos de prédios públicos no leste do país, além de desmontar suas barricadas.

O presidente acusou os separatistas de torturarem e matarem duas pessoas na cidade de Slaviansk, entre elas um político local.

Em comunicado, Turchinov afirmou que os responsáveis "cruzaram" a fronteira da Ucrânia para cometer tais crimes. "Estes crimes são cometidos com apoio e conivência da Rússia", disse.

Segundo o governo, na mesma Slaviansk um bimotor militar ucraniano foi alvo de disparos dos grupos separatistas e teve de fazer um pouso de emergência.

Esses recentes episódios confirmam a fragilidade do acordo celebrado em Genebra na quinta-feira passada, envolvendo EUA, Rússia, Ucrânia e União Europeia.

Todos anunciaram medidas para desarmar grupos ilegais, estabelecer a paz no leste e aprofundar reformas constitucionais para dar mais garantias a minorias. Entretanto, não se veem até agora resultados práticos. Cada lado, sobretudo Rússia e Ucrânia, acusa o outro de não cumprir o que fora acertado.

Os EUA, que apoiam o governo ucraniano, anunciaram ontem ajuda financeira de US$ 58 milhões ao país.

Parte da verba será usada nas eleições presidenciais de 25 de maio --marcadas após a derrubada do então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, aliado dos russos, em fevereiro.

"É hora de parar de falar e começar a agir em cima dos compromissos", disse o vice-presidente americano, Joe Biden, em pronunciamento após reunião em Kiev com o primeiro-ministro, Arseni Yatseniuk.

A visita dele à Ucrânia foi um dos gestos políticos mais explícitos do apoio ao governo em meio à crise com os russos. "A Ucrânia é e deve permanecer como um país. Nenhuma nação tem o direito de tomar o território de outra", disse Biden.


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