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Foco

Em campanha, nova-iorquinos enviam fotos de abuso policial

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

A intenção era gerar uma onda de postagens positivas, com fotos de policiais sorrindo ao lado de moradores e turistas. A iniciativa do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD, em inglês) nas redes sociais, no entanto, acabou se voltando contra a corporação.

Diante do pedido para que as pessoas publicassem fotos com policiais com a hashtag #myNYPD, anteontem, o que se viu nos últimos dois dias no Twitter, no Instagram e no Facebook foi uma avalanche de imagens de fardados usando a força para reprimir --em geral, manifestantes.

"Precisando de uma massagem? #MyNYPD tem para você!", escreveu o usuário @guru0509, na legenda de uma foto em que um policial imobiliza um jovem no chão, segurando com força o seu braço. Outra imagem mostra um agente ajoelhado sobre o pescoço de um homem deitado no chão e, em outra, uma mulher é levada por três policiais enquanto grita.

Uma das fotos mais retuitadas foi uma da agência de notícias Associated Press em que um agente avança sobre uma multidão com um cassetete. "Aqui o #NYPD se envolve com os membros de sua comunidade, tocando corações e mentes, um cassetete por vez", ironiza o perfil @OccupyWallStNYC.

A "adesão" nas redes sociais foi tão grande que a campanha --negativa-- se espalhou para outras cidades americanas, como Chicago e Los Angeles.

Ontem à noite, a #myNYPD já tinha sido usada mais de 119 mil vezes no Twitter, segundo o site Topsy. Apesar da repercussão, Kim Royster, porta-voz do NYPD, defendeu a campanha. "O Twitter oferece um fórum aberto para uma interação sem censura, e esse é um diálogo bom para a nossa cidade", disse.

Houve quem postasse imagens positivas também. "Foto do meu passeio com os garotos do 90º distrito", escreveu Lindsay Dixon, do perfil @poshwonderwoman, que, na foto, sorri ao lado de três simpáticos policiais.


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