Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Câmara de SP lembra Revolução dos Cravos

Sessão solene homenageou membros de insurgência que completa 40 anos amanhã

DANIEL MÉDICI DE SÃO PAULO

A Câmara Municipal de São Paulo homenageou nesta quarta-feira os 40 anos da Revolução dos Cravos. A insurgência portuguesa derrubou o regime salazarista no país e foi lembrada em sessão solene realizada a pedido do vereador Paulo Fiorilo (PT).

Com cravos vermelhos colocados na plenária e na lapela dos participantes, diversos militantes anti-salazaristas foram homenageados, entre os quais os membros do jornal "Portugal Democrático", editado em São Paulo por imigrantes resistentes.

Idelfonso Garcia, presidente do Centro Cultural 25 de Abril e primeiro a discursar, ressaltou o caráter pacífico do movimento contra um regime cuja polícia política "fichou mais da metade da população portuguesa".

Ele classificou de um retrocesso dos ideais da época, no entanto, o atual governo português, por implantar as reformas econômicas exigidas pela troica (grupo de credores formado pelo FMI, o Banco Mundial e o Banco Central Europeu) em troca do o resgate econômico do país.

Antonio Ramos, presidente da Casa de Portugal, celebrou o caráter festivo da revolução. "O povo foi à rua, houve uma grande confraternização. Não houve mortes, prisões ou perseguições, nem mesmo aos membros da polícia política", disse.

Entre os outros participantes, também estavam Carlos Alberto Machado dos Santos, um dos militares participantes da insurgência, responsável pela libertação de presos do regime, o cantor de fado Carlos do Carmo e o ex-militante Sylvio Band.

O levante dos militares do MFA (Movimento das Forças Armadas) completa 40 anos amanhã.

Com a derrubada do regime de Marcelo Caetano, sucessor de Salazar desde a morte deste, parte da população civil saiu às ruas para comemorar e colocou cravos no cano das armas dos militares insurgentes, fato que rendeu o nome do evento.

A música-símbolo da revolução, "Grândola, Vila Morena", também foi lembrada na sessão solene.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página