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Ministro da Venezuela denuncia plano para golpe

Na TV, Miguel Rodríguez Torres apresenta suposto e-mail detalhando ação

Advogado opositor teria enviado mensagem a ex-executivo da PDVSA e a banqueiro Eligio Cedeño, asilado nos EUA

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Miguel Rodríguez Torres, apresentou ontem uma suposta troca de e-mails entre opositores que provaria a existência de uma conspiração contra o governo do país.

A denúncia foi revelada durante um programa de entrevistas do canal estatal VTV.

Segundo Rodríguez Torres, Gustavo Tovar-Arroyo, advogado e ativista da oposição, teria mandado um e-mail para Pedro Burelli, ex-executivo da PDVSA, e para o banqueiro Eligio Cedeño, desafeto declarado do chavismo e asilado nos Estados Unidos, detalhando um plano golpistas em outubro de 2010.

O plano, chamado "Fiesta Mexicana", visava criar um chamado "Dia D" para o governo do então presidente Hugo Chávez (1954-2013), mobilizando lideranças jovens de grupos opositores.

"O que está acontecendo foi planejado por uma organização que trabalha há cerca de quatro anos", afirmou, creditando a eles as manifestações que ocorrem no país desde fevereiro.

Rodríguez Torres voltou a afirmar que Tovar-Arroyo possui vínculos com o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, crítico do chavismo.

Segundo ele, o documento será enviado à Promotoria para que haja uma ação legal contra os envolvidos.

O ministro ainda comentou a informação, divulgada pelo governo, de que 58 estrangeiros foram presos durante os protestos.

De acordo com ele, alguns deles foram capturados com explosivos e armas.

Rodríguez Torres disse que todos respondem a processos em tribunais e "estão metidos em sérios problemas".

Questionado, ele também afirmou que alguns dos detidos residem na Venezuela e alguns teriam relação com serviços secretos de seus países, sem citar quais, já que a informação ainda não estaria confirmada.

A oposição ao governo diz que os protestos são voluntários e têm origem na frustração dos venezuelanos com a alta inflação, a criminalidade desenfreada e a escassez de produtos básicos.

SEGURANÇA MORTO

A denúncia foi ao ar no mesmo dia em que um membro do grupo de segurança pessoal de Nicolás Maduro, Marco Antonio Cortez, 29, foi morto em uma rodovia na região de Caracas.

O agente foi assassinado com três tiros, por volta das 5h no horário local (6h30 em Brasília), quando estava em seu carro acompanhado de sua mulher e de um irmão. Os dois não foram feridos.

Segundo o Ministério Público, que já determinou uma investigação, Cortez foi atingido por tiros de outro carro.

O diário "El Universal" informou que ele pode ter sido atacado por homens que queriam roubar seu carro. Cortez trabalhava na segurança da Presidência da República havia seis anos.

O tenente é o 46º funcionário do governo a ser assassinado em Caracas neste ano.

A partir de fontes extraoficiais, o diário "El Universal" informou que houve 4.680 homicídios no país entre janeiro e abril deste ano.

MAFIOSO PRESO

Autoridades venezuelanas anunciaram ontem que capturaram, a pedido da Justiça italiana, o suposto narcotraficante Vito Genco, 65, vinculado à máfia siciliana Cosa Nostra. Ele era procurado pela Interpol.

Vito foi detido em 8 de abril pela Interpol Venezuela no Estado de Carabobo e seria expulso do país ontem.

O mafioso é procurado pelas autoridades de seu país há 19 anos, acusado de tráfico de drogas relacionado a atividades da Cosa Nostra nas Américas e na Europa.


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