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Rússia acusa ucranianos em relatório

Moscou aponta extremismo e xenofobia de grupos 'neonazistas' apoiados por Kiev contra minorias pró-russas

Conclusões constam de documento sobre a situação no leste da Ucrânia preparado pelo governo Vladimir Putin

LEANDRO COLON DE LONDRES

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, divulgou ontem um documento em que acusa a Ucrânia de violar a lei e os direitos humanos entre novembro de 2013 e março deste ano.

Em 80 páginas, o relatório afirma que forças ultranacionalistas e extremistas "neo-nazistas" têm atuado no leste do país com intenções "xenófobas" e de "intolerância religiosa". "Com apoio ativo dos Estados Unidos, União Europeia e de seus membros", diz trecho.

São citados vários episódios. Alguns de destruição a monumentos soviéticos, perseguição a população de origem russa e manifestantes em defesa do ex-presidente Viktor Yanukovich, aliado de Putin, deposto em fevereiro.

A Rússia diz estar "convencida" de que a situação é uma "ameaça à paz na região" e afirma que as organizações internacionais não devem politizar a questão, mas punir os envolvidos.

O documento foi preparado para o ministro de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, apresentar em reunião do Conselho Europeu em Viena, na Áustria.

A Ucrânia nega as acusações e diz que os episódios de violência são responsabilidade de milicianos separatistas apoiados por Moscou.

CONFRONTOS

Ontem, houve novos confrontos no leste do país.

Em Slaviansk, soldados ucranianos e forças pró-Rússia entraram em choque.

O governo ucraniano disse que quatro soldados morreram e outros 30 ficaram feridos e relatou que um dos seus helicópteros foi derrubado --mas os tripulantes conseguiram sobreviver.

Já os milicianos informaram que perderam 20 de seus homens em razão dos ataques sofridos.

Não há balanço oficial, sobretudo pelo lado dos separatistas, que ocupam áreas públicas da região desde o mês passado.

Já o governo ucraniano tem afirmado que a Rússia está por trás da ação com o objetivo de desestabilizar a região após ter conseguido, em março, anexar a península da Crimeia, então pertencente a Kiev.

O conflito se agravou na última sexta-feira após a morte 40 manifestantes pró-Moscou na cidade de Odessa, também no leste, em razão de um incêndio num prédio onde funcionava uma central sindical.

Até agora, esse episódio foi o momento mais tenso da crise na região.

A resposta veio no domingo, quando 2.000 militantes separatistas invadiram uma delegacia de polícia em Odessa para obrigá-la a liberar cerca de 70 de seus homens então detidos.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, afirmou que os russos querem "destruir" a Ucrânia para assumir o controle das principais cidades do leste do país.


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