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Independentistas ucranianos dizem ter vencido referendo

Mais de 90% em Donetsk teriam optado por secessão em consulta popular

Votação não é aceita por países do Ocidente; meta final é anexação de províncias do leste da Ucrânia à Rússia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk realizaram ontem referendos pela independência, que foram considerados ilegais pelo governo da Ucrânia e pelo Ocidente.

Segundo resultados preliminares, 90% dos votos em Donetsk foram favoráveis à independência. Não havia resultado sobre Lugansk até a conclusão desta edição.

Os 6,5 milhões de ucranianos das duas regiões do leste do país, que têm forte proporção de cidadãos de origem russa, foram convocados a decidir sobre a independência das "Repúblicas Populares" autoproclamadas de Donetsk e Lugansk.

Eles almejam depois se incorporar à Rússia, seguindo o que aconteceu em março com a região da Crimeia,

A participação foi de 81% em Lugansk e 71% em Donetsk, afirmaram os organizadores do referendo --mas não houve confirmação independente dos dados.

Roman Liaguin, chefe da comissão eleitoral da "República Popular de Donetsk", disse que os resultados finais seriam anunciados hoje.

Segundo informações da rede britânica BBC, o referendo foi mal organizado, com poucos locais de votação e permitia que eleitores votassem mais de uma vez.

Apesar de o clima geral ter sido de tranquilidade durante a votação, houve diversos episódios de violência.

Um homem foi morto a tiros e outro ficou ferido quando a Guarda Nacional ucraniana tentou dispersar uma multidão do lado de um edifício municipal na cidade de Krasnoarmeisk, em Donetsk, segundo a agência de notícias ucraniana Interfax.

Em Slaviansk houve confronto entre forças ucranianas e milícias pró-russas segundo a agência russa "RIA Novosti".

Os combates mais intensos aconteceram nas imediações da fábrica Kombikorm, sob o controle dos insurgentes.

FARSA

Kiev classificou o referendo de farsa criminosa financiada pela Rússia.

"O referendo de 11 de maio inspirado, organizado e financiado pelo Kremlin, é juridicamente nulo e não terá nenhuma consequência jurídica para a integridade territorial da Ucrânia", declarou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, havia pedido que a consulta fosse adiada.

Os Estados Unidos, por sua vez, afirmaram anteontem que não reconhecerão o resultado destes referendos "ilegais de acordo com o direito ucraniano e que constituem uma tentativa de criar divisões e distúrbios". Mesma posição têm os 28 membros da União Europeia.


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